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21 de novembro de 2024
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Caso Djidja: Advogado transmite ao vivo audiência de instrução

Foto: Divulgação

Manaus – O advogado Mozarth Bessa que defende os interesses relacionados ao caso Djidja Cardoso, abriu uma live na rede social Instagram nesta quarta-feira (4) para que seus seguidores acompanhassem a audiência de instrução de julgamento do caso da ex-sinhazinha do Garantido. A audiência contou com o esclarecimento de suspeitos e testemunhas envolvidas no caso.

Foto: Reprodução

Os depoimentos de Audrey Schott e do pai dela foram os que mais chamaram atenção. A partir das denúncias feitas pelos pais dela que a Polícia começou a investigar a família Cardoso.

Em um trecho do depoimento do pai de Audrey, ele esclarece que tomou conhecimento que a filha estava se drogando quando a esposa precisou vir à Manaus para ficar com Audrey que tinha acabado de ter bebê. A mulher entrou em contato com ele que é militar e moravam em outro estado para relatar as condições em que a filha dos dois se encontrava. O homem veio para Manaus e os dois fizeram um Boletim de Ocorrência (B.O) denunciando que a filha estava no auge do consumo de ketamina e mantida em cárcere privado pelo Ademar. A partir dessa denúncia, a família começou a ser investigada.

O homem relatou que a filha precisou ser internada na Fundação Hospital Adriano Jorge, na avenida Carvalho Leal, bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus. O pai da jovem disse ainda que a filha foi drogada dentro do hospital por Ademar. Em uma das visitas dele, ele teve um ataque cardíaco por uso excessivo da droga e precisou de atendimento médico dentro da unidade. Somente ele estava como acompanhante da jovem e Ademar cometia o crime quando o pai saia para almoçar ou trocar de roupa.

Audrey, questionada pelo representante do Ministério Público durante a audiência se Ademar quem aplicava a substância nela dentro do hospital, a jovem disse que não, que era ela mesma quem aplicava. Audrey esclareceu que já era usuária de drogas há algum tempo e que, após conhecer Ademar, o uso se intensificou com a ketamina. A jovem disse que depois da prisão de Ademar, ela não teve mais contato com ele e, que nunca recebeu a sustância de Cleusimar, mas era ela quem pedia e financia. Audrey confirmou que as sustâncias eram enviadas pela Clínica Veterinária apontada como fornecedora de cetamina para a família de Djidja.

Nesse momento, o advogado de defesa desliga o som da transmissão ao vivo e faz uma pergunta para Audrey, a resposta também não pôde ser ouvida. O advogado reestabelece o áudio da audiência, mas o julgamento já havia terminado.

Também estiveram presentes na audiência, Bruno Roberto; ex-noivo de Djidja, Ademar Cardoso; irmão da ex-sinhazinha, Cleusimar Cardoso; mãe de Djidja, a cabeleireira Claudiele Santos, Verônica; gerente do salão de beleza da família Cardoso, José Máximo; dono da clínica veterinária e o funcionário dele, Emicley Araújo.

O caso

Segundo a Polícia Civil (PC-AM) as investigações identificaram que Cleusimar, Ademar e Djidja, com o auxílio do namorado da ex-sinhazinha, Bruno Rodrigues, e dos funcionários Claudiele Santos da Silva, 33; Verônica da Costa Seixas, 30; e Marlisson Vasconcelos Dantas, operavam o esquema criminoso promovendo a realização de cultos religiosos com a utilização dos entorpecentes.

A família também era ajudada por Hatus Silveira, apontado como elo dos autores com os fornecedores das substâncias, principalmente José Máximo, Sávio e Roberleno, administradores dos empreendimentos comerciais que forneciam os medicamentos.

Segundo a autoridade policial,  Djidja Cardoso passou a ser vítima de tortura praticada por sua própria mãe, Cleusimar. Ela veio a óbito no dia 28 de maio deste ano, por depressão cardiorrespiratória em razão das torturas sucessivamente praticadas, inclusive registradas por vídeos feitos pela própria agressora.

 

 

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