O exame de sanidade mental do servidor público Rafael Fernandez Rodrigues, de 32 anos, que responde pelo homicídio da ex-namorada, a miss Manicoré Kimberly Karen Mota de Oliveira, de 22 anos, descartou qualquer problema mental. A defesa tentou comprovar que ele tem problemas mentais, buscando uma regressão de regime prisional.
O exame foi realizado na enfermaria do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), onde Rafael está preso desde o dia 17 de maio deste ano.
De acordo com o laudo do exame, Rafael “apresenta boa saúde mental, sem comprometimento do juízo de crítica”.
O exame foi solicitado pela defesa do analista judiciário. Rafael relatou que tem histórico familiar de problemas psiquiátricos. Entretanto, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), onde ele trabalhava antes do crime, afirmou que um laudo psiquiátrico comprovou que o analista judiciário não possuía problemas mentais quando assumiu o cargo no órgão em outubro de 2017.
Conforme o TRT, o concurso público realizado pelo órgão, no qual Rafael obteve aprovação, não exige, especificamente, exame de sanidade mental. Para assumir o cargo, Rafael teve de apresentar laudo emitido por médico psiquiatra atestando aptidão do candidato para o exercício do cargo.
O corpo da Miss Manicoré, Kimberly Mota, de 22 anos, foi encontrado no apartamento do ex-namorado, localizado na Avenida Joaquim Nabuco, centro de Manaus, no dia 11 de maio deste ano.
Rafael Fernandez Rodrigues, que confessou o crime alegando ciúmes, chegou a fugir para Roraima, e segundo a polícia, tentou sem sucesso sair do País em direção à Venezuela. Ele está preso no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), em Manaus, desde o dia 17 de maio.
Ele é servidor do Tribunal Regional do Trabalho 11º Região – Amazonas e Roraima, no cargo de analista judiciário, como consta na lista de servidores do portal da transparência do TRT11, atualizada em julho de 2020, sem remuneração desde junho.