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8 de outubro de 2025
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Casos de chikungunya aumentam 42% em meio à epidemia de dengue

Mordida por um mosquito Aedes. Esta espécie pode transmitir doenças como chikungunya, dengue e zika. Crédito: NIAID

Brasília– Os casos de chikungunya no Brasil cresceram 42% em janeiro de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado. O aumento dos casos ocorre no momento em que o país enfrenta uma epidemia de dengue, com 75 mortes pela doença registrados do início do ano até esta quinta-feira (15).

Conforme o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, foram registrados 29 mil casos prováveis de chikungunya no primeiro mês de 2024, com 4 mortes confirmadas e outras 30 em investigação. Em contraste, janeiro de 2023 teve 20 mil casos prováveis da doença.

A chikungunya é classificada como uma doença “relacionada” à dengue, pois ambas são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti. Isso implica que regiões afetadas por uma epidemia de dengue podem também enfrentar um aumento nos casos de chikungunya, especialmente em ambientes propícios à reprodução e disseminação desses mosquitos, como áreas com água parada e clima quente.

Atualmente, a incidência média de chikungunya no país é de 15,4 casos por cada grupo de 100 mil habitantes. Entre os casos prováveis, 56,8% ocorrem em mulheres e 43,2% em homens. A faixa etária mais afetada é a dos 30 aos 39 anos, seguida pelos grupos de 50 a 59 anos e de 40 a 49 anos. Quanto aos estados, Minas Gerais registra o maior número absoluto de casos prováveis, com 22.675 ocorrências. Em seguida, estão São Paulo (1.555), Goiás (1.426) e Mato Grosso (828).

Uma pesquisa recente, divulgada em 8 de fevereiro na revista The Lancet Infectious Diseases, abordou o risco de mortalidade entre indivíduos infectados pelo vírus da chikungunya nos dois anos subsequentes ao surgimento dos primeiros sintomas. Utilizando uma amostra da população brasileira entre 2015 e 2018, os cientistas constataram que o risco de morte persiste por até três meses após o início dos sintomas da chikungunya, ultrapassando a fase aguda da doença, que geralmente dura cerca de 14 dias.

Os sintomas primários do vírus da chikungunya incluem inchaço nos membros, febre súbita e elevada, fadiga, perda de apetite, náuseas, vômitos, intensas dores articulares e de cabeça, dor lombar, erupções cutâneas vermelhas e inflamação ocular sem secreção ou coceira. Uma vez infectada, a pessoa desenvolve imunidade vitalícia e não enfrenta risco de reinfecção pela doença.

O tratamento para o vírus da chikungunya segue essencialmente o mesmo protocolo utilizado para a dengue e zika, uma vez que não existem medicamentos específicos para essas doenças. Recomenda-se que o paciente descanse adequadamente e mantenha-se bem hidratado.

 

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