Cid Marcos Bastos Reis, fundador do projeto “Pai Resgatando Vidas”, que ajudava pessoas em situação de rua, saiu da cadeia após um ano de prisão. A decisão ocorreu devido ao excesso de prazo na prisão preventiva.
No ano passado, a Polícia Civil deflagrou a operação “O Pai Tá OFF”, que resultou na captura de “Pai Marcos”, como ele também é conhecido. Ele é suspeito de desviar de milhões em doações, além de crimes sexuais contra vulneráveis, incluindo crianças. As investigações apontaram que Marcos desviou o dinheiro arrecadado para carros de luxo, imóveis e manutenção de um esquema criminoso.
Além disso, o empresário também responde por lavagem de dinheiro, estelionato, exploração sexual e organização criminosa. Apesar da liberação, ele ainda está na mira da Justiça, que pode condená-lo até 30 anos de prisão.
Polícia revela crimes de abuso e exploração sexual
Depoimentos e vídeos apreendidos mostram que Marcos e seus aliados, incluindo o filho Wilson Bastos e o guarda-costas João “Budeu” Vale, praticavam abusos sexuais. Mulheres eram vítimas de abusos em troca de comida, itens de higiene ou abrigo. Testemunhas também relataram que Marcos dormia com crianças em um quarto dentro do abrigo.
A organização foi criada para ajudar moradores de rua, com dois locais, um em Manaus e outro em Iranduba. A polícia afirma que Marcos usava a ajuda humanitária como fachada para oferecer relações sexuais.
Repercussão e debate sobre impunidade
A libertação de Marcos gerou indignação na sociedade. A defesa alegou que a prisão preventiva cumpriu seu prazo máximo, mas o Ministério Público pode recorrer. O caso reacende o debate sobre impunidade em crimes contra vulneráveis.