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21 de setembro de 2025
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Classe artística contesta nomeação de ex-vereadores para cúpula da Manauscult

A nomeação de quatro ex-vereadores para cargos na Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) gerou críticas pela classe artística sobre eventual despreparo e falta de qualificação dos nomes indicados para a pasta.

A Federação de Teatro do Amazonas (Fetam) divulgou nota aberta ao prefeito de Manaus, David Almeida (Avante) manifestando insatisfação a respeito das nomeações que são avaliadas pela categoria como inapropriadas.

David nomeou os ex-vereadores de Manaus André Luiz (PL), Carlos Portta (PSB), Elias Emanuel (PSDB) e Reizo Castelo Branco (PTB) para Manauscult, que tem como diretor-presidente o ex-vereador Alonso Oliveira (Avante), conforme decreto publicado no Diário Oficial do Município do dia 20. Todos concorreram à reeleição em 2020, mas não foram eleitos.

“Exigimos em nome da classe artística que representamos a revogação de toda a lista de nomeações para a Manauscult, pois ela não representa a classe nem deixou transparente os seus critérios de nomeação”, diz trecho da carta.

A categoria exige ainda um amplo debate com o prefeito, incluindo a participação de representantes de todas as linguagens artísticas, sobre a transparência na escolha dos profissionais para a gestão cultural no município. “Os direitos adquiridos nos últimos anos não podem ser administrados por pessoas sem conexão com os afazeres artísticos de Manaus”.

Cargos

André Luiz foi nomeado para o cargo de assessor técnico III e Carlos Portta gerente do Café Teatro. Elias escolhido como diretor do Departamento de Grandes Eventos. E Reizo comandará o Departamento de Difusão Cultural. Portta, Elias e Reizo são ex-apresentadores de programas populares na TV.

Dos quatro, o único com passagem e experiência na administração pública é Elias, jornalista e ex-repórter de TV e rádio. Ele chefiou a  Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (antiga Semmasdh) na gestão Arthur Neto.

Outras manifestações

A associação cultural Casarão de Ideias repudiou as escolhas que considera um retrocesso nos mecanismos de cultura para a capital. Casarão publicou, nas redes sociais, ilustração com o texto “Manauscult não pode ser cabide político”.

“Não admitimos que a cultura seja algo necessário para a população seja tratada com descaso. Pensar uma gestão é potencializar a cidade com profissionais capacitados e preparados para promover o melhor e o que a população deseja. Nós queremos cultura de qualidade para todos”, diz trecho da publicação.

O artista urbano Alessandro Hipz disse que os atores e fazedores de cultura hip hop não aceitam as nomeações sem “critério técnico e de pessoas que foram rejeitadas nas urnas”.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom) e aguarda nota de posicionamento.

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