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8 de setembro de 2025
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Comissão aprova isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil

Projeto também prevê taxação de altas rendas e isenção parcial para quem recebe até R$ 7.350 por mês

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A comissão especial da Câmara aprovou, nesta quarta-feira (16), o relatório do deputado Arthur Lira (PP-AL) sobre o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR). O texto, enviado pelo governo federal, isenta do imposto quem ganha até R$ 5.000 mensais.

Votação no plenário ocorrerá após o recesso

Com a aprovação simbólica, o projeto segue agora para análise no plenário. No entanto, a votação só deve ocorrer após o recesso parlamentar, que termina em agosto.

A medida é considerada prioridade pelo governo em 2025 e cumpre uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Relator amplia faixa de isenção parcial

Em seu parecer, Arthur Lira manteve a taxação de altas rendas, com alíquota progressiva de até 10%. Além disso, ele aumentou a faixa de isenção parcial para contribuintes que ganham até R$ 7.350 por mês. O projeto original previa o benefício até R$ 7.000. Segundo o relator, a mudança beneficiará cerca de 500 mil contribuintes.

Lira justificou a alteração com base na neutralidade fiscal. De acordo com ele, a tributação sobre os mais ricos criará uma sobra de arrecadação, o que permite expandir a isenção.

Lucros e dividendos: nova regra até 2025

A nova versão do relatório traz mudanças sobre a taxação de lucros e dividendos. Lira determinou que a distribuição de valores até 31 de dezembro de 2025 não terão tributação, mesmo que o pagamento ocorra depois, desde que haja decisão formal até essa data.

Além disso, o texto estabelece alíquota mínima para rendimentos mensais acima de R$ 50 mil, com a taxação chegando a 10% para ganhos anuais acima de R$ 1,2 milhão. No entanto, o relator incluiu exceções.

Isenções para dividendos enviados ao exterior

Não haverá aplicação da cobrança em casos de remessas para:

  • Governos estrangeiros, com reciprocidade;
  • Fundos soberanos;
  • Entidades de previdência no exterior.

O governo propôs essa taxação como compensação pelo aumento da faixa de isenção do IR.

Resistência no Congresso e rejeição de destaque

Apesar do avanço do texto, Lira destacou que a cobrança sobre dividendos enfrenta resistência de parlamentares e setores empresariais.

“Não importa a tributação que se pretenda introduzir sobre lucros e dividendos. A resistência será sempre a mesma”, disse o deputado.

O Partido Liberal (PL) apresentou um destaque para retirar a taxação de altas rendas. No entanto, a proposta foi rejeitada por 25 votos a 5 na comissão.

Estados e municípios terão compensação

Outro trecho incluído no relatório prevê que parte da arrecadação extra com o IR seja destinada a compensar estados, municípios e o Distrito Federal. Ademais, a medida busca equilibrar perdas provocadas pela nova Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), criada pela reforma tributária.

“Se aumentar a arrecadação, vai para a CBS”, explicou Lira.

 

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