O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu, nesta terça-feira (7), processos disciplinares contra três deputados bolsonaristas. Marcos Pollon, Marcel Van Hattem e Zé Trovão participaram do motim que ocupou o plenário da Câmara dias após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O corregedor da Casa, Diego Coronel (PSD-BA), encaminhou os pedidos de suspensão à Mesa Diretora. Além disso, o recomendou-se a punição mais severa ao deputado Marcos Pollon, alvo de duas representações. A primeira refere-se à ocupação da mesa da presidência e outra por ofensas ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
No caso de Marcel Van Hattem, o parlamentar do Novo sentou na cadeira da presidência e se recusou a sair quando Motta chegou ao plenário, podendo receber suspensão de até 30 dias. A mesma penalidade pode ser aplicada a Zé Trovão, acusado de impedir o acesso de Motta à mesa durante o protesto.
Durante a sessão do Conselho, houve o sorteio das listas tríplices para a definição dos relatores de cada processo. O presidente do colegiado, Fábio Schiochet (União Brasil-SC), decidirá posteriormente quem será o responsável por relatar cada caso.
Os deputados Castro Neto (PSD-PI), Albuquerque (Republicanos-RR) e Zé Haroldo Cathedral (PSB-RR) sorteados para as representações sobre a ocupação da mesa. Já para a representação referente às ofensas de Pollon, sortearam Castro Neto, Moses Rodrigues (União Brasil-CE) e Ricardo Maia (MDB-BA).
Outros 11 deputados, entre eles o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcantes (RJ), receberam apenas censura escrita, uma forma de advertência mais branda e sem afastamento das funções parlamentares.