30.3 C
Manaus
21 de novembro de 2024
DestaquesMundo

Coreia do Norte dispara 23 mísseis, um deles perto da Coreia do Sul

A Coreia do Norte disparou, nesta quarta-feira (2), pelo menos 23 mísseis, incluindo um muito perto das águas territoriais da Coreia do Sul, no que o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol denunciou como “uma invasão territorial”.

Inicialmente, o Exército sul-coreano informou que Pyongyang havia disparado 10 mísseis, apontando que, em seguida, lançou gradualmente os outros 13.

A Coreia do Norte também fez 100 disparos de artilharia em uma área de fronteira marítima, no que especialistas veem como parte da resposta “agressiva e ameaçadora” de Pyongyang aos exercícios militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.

Essa rajada de tiros levou as autoridades sul-coreanas a lançar um raro alerta de ataque aéreo na ilha de Ulleungdo (leste) e a pedir a seus habitantes que se refugiassem em bunkers subterrâneos.

Segundo o Exército sul-coreano, um dos projéteis lançados por Pyongyang cruzou a linha de fronteira norte, a disputada fronteira marítima entre os dois países, e caiu próximo às águas territoriais do Sul.

É “a primeira vez desde que a península foi dividida”, no final da Guerra da Coreia em 1953, que um míssil norte-coreano cai tão perto das águas territoriais do Sul, apontou.

Em um comunicado, o presidente sul-coreano assegurou que o incidente “constitui uma invasão territorial de fato com um míssil que cruzou a linha de fronteira norte pela primeira vez desde a divisão” da península.

O Exército explicou que o míssil mais próximo caiu no mar a apenas 57 quilômetros do continente sul-coreano, descrevendo o lançamento como “altamente incomum e intolerável”.

Em resposta a essas ações, os militares sul-coreanos dispararam três mísseis terra-ar perto do ponto onde o controverso projétil norte-coreano caiu.

Esses mísseis caíram “perto da linha limítrofe norte a uma distância correspondente à área onde o míssil do Norte atingiu”, segundo comunicado.

O Exército sul-coreano reportou que Pyongyang disparou um total de sete mísseis balísticos de curto alcance e 16 outros mísseis, incluindo seis mísseis terra-ar.

O presidente sul-coreano convocou uma reunião de seu Conselho de Segurança Nacional para discutir o incidente e ordenou uma “resposta rápida e severa” a essas “provocações”.

As autoridades do país também cancelaram as rotas aéreas sobre o Mar do Japão, a leste da península, e recomendaram que as companhias aéreas locais desviem suas aeronaves para “garantir a segurança dos passageiros nas rotas para os Estados Unidos e o Japão”.

– “Tempestade Vigilante” –

Os disparos ocorrem em meio às maiores manobras conjuntas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, apelidadas de “Storm Watcher” (Tempestade Vigilante), envolvendo centenas de aviões de guerra de ambos os lados.

Pak Jong Chon, um funcionário do alto escalão norte-coreano, chamou esses exercícios de agressivos e provocativos, de acordo com a mídia estatal.

Pak disse que o nome do exercício fazia recordar a Operação Tempestade no Deserto, a ofensiva dos EUA de 1990-1991 no Iraque em resposta à invasão do Kuwait.

“Se os Estados Unidos e a Coreia do Sul pretendem usar as forças armadas contra a República Popular Democrática da Coreia sem medo, os meios especiais das forças armadas da RPDC mobilizarão sua missão estratégica sem demora”, garantiu.

“Os Estados Unidos e a Coreia do Sul enfrentarão uma situação terrível e pagarão o preço mais horrível da história”, acrescentou.

Por sua vez, a Rússia pediu “calma” às partes e que evitem “tomar medidas que possam causar um aumento das tensões”.

De acordo com o analista Cheong Seong-chang, do Instituto Sejong, esses disparos são a “manifestação armada mais agressiva e ameaçadora contra o Sul desde 2010”.

Em março daquele ano, um submarino norte-coreano torpedeou um navio sul-coreano, matando 46 tripulantes, 16 dos quais cumpriam o serviço militar obrigatório.

Em novembro daquele mesmo ano, Pyongyang bombardeou uma ilha fronteiriça sul-coreana, matando dois jovens marinheiros.

O isolado país comunista, dotado de capacidade nuclear, realizou uma série recorde de testes de armas este ano e, segundo Seul e Washington, está preparando um novo teste nuclear, que seria o primeiro desde 2017.

Por sua vez, os Estados Unidos e a Coreia do Sul intensificaram suas manobras militares na área, às quais o Japão às vezes se junta.

 

 

* AFP

Leia mais

VEJA: Jovem sofre gr@ve acid3nte após veículo capotar 5 vezes na Av. Brasil

Matheus Valadares

VÍDEO: Morador de rua é m0rt0 a fac@das no bairro Praça 14

Matheus Valadares

Marcos Braz define partida de despedida do atacante Gabigol

Matheus Valadares

Ao continuar navegando, você concorda com as condições previstas na nossa Política de Privacidade. Aceitar Leia mais