O caso causou revolta nos vizinhos, pois desde que Sheila morreu eles percebiam sinais de que algo estava errado. Uma vizinha contou a BBC que algumas semanas após a morte da mulher, seu apartamento foi invadido por larvas. Outros moradores do prédio também tiveram o mesmo problema e disseram que parecia um “filme de terror”.
– Havia larvas no quarto, na sala e no banheiro. E mais ou menos em todos os meus móveis. Você sentava no sofá e depois de um tempo encontrava uma larva esmagada – contou uma moradora.
Os moradores chegaram a entrar em contato com a associação responsável pelo prédio, mas ouviram como resposta que o grupo, chamado Peabody, não trabalhava com larvas.
Além disso, os moradores afirmam que saía um cheiro muito forte do apartamento de Sheila. As correspondências da mulher também acumulavam. O tempo foi passando e absolutamente ninguém procurava pela mulher.
– É muito triste que alguém possa estar em seu apartamento por tanto tempo e não ser encontrado. Ninguém estava sequer se esforçando para entrar em contato com ela – disse outro vizinho.
Os vizinhos já tinham certeza que ninguém mais morava naquele apartamento. O aluguel de Sheila continuou sendo pago através de um programa do governo que auxilia inquilinos com dificuldades financeiras.
A primeira vez que ligaram para relatar a situação estranha foi ainda em 2019. Mesmo com reclamações de “cheiro de cadáver” e muitas outras ligações, nenhuma autoridade, entidade ou órgão foi até o local averiguar o que estava acontecendo.
Entre os fatores que dificultaram a descoberta de Sheila, está um aviso errado que a polícia recebeu, de que ela teria sido avistada. Apenas em fevereiro de 2022 a polícia arrombou a porta do apartamento e descobriu a situação deplorável do corpo de Sheila.