A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investigará a responsabilidade da petroquímica Braskem sobre a crise ambiental que resultou no afundamento de bairros em Maceió, capital de Alagoas, foi instalada nesta quarta-feira (13). O cargo de presidente do colegiado será ocupado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM) e o vice será Jorge Kajuru (PSB-GO).
Não houve a seleção do relator para o colegiado, cargo que será definido por Aziz. Cotado como possível relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) enfrentou resistência por parte de Rodrigo Cunha (União Brasil-AL), que apontou possíveis conflitos de interesse na seleção de Calheiros para a relatoria. O início das atividades da comissão está previsto para depois de fevereiro.
A CPI foi proposta justamente por Calheiros e tem como objetivo apurar a atuação da Braskem nas minas de sal-gema que causaram o afundamento de bairros inteiros em Maceió. Uma das minas, no bairro de Mutange, já afundou mais de dois metros após sucessivos tremores no último mês. Mais de 60 mil moradores já precisaram deixar as áreas afetadas.
A comissão é composta por 11 membros titulares e sete suplentes e terá, inicialmente, 120 dias para colher depoimentos. O prazo, no entanto, poderá ser prorrogado pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Na disposição das vagas, o bloco composto por União Brasil, MDB, Podemos, PDT e PSDB tem direito a quatro titulares e três suplentes. Já o bloco Rede, PT, PSB e PSD também tem direito a quatro titulares, mas com dois suplentes. O bloco formado por PL e Novo terá direito a duas vagas titulares e um suplente. Por fim, o grupo de PP e Republicanos terá um titular e um suplente.