A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades no mercado de apostas on-line deve discutir nesta terça-feira (26) o requerimento de convocação do cantor sertanejo Gusttavo Lima. A iniciativa foi apresentada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI, que considera fundamental ouvir o artista para esclarecer seu envolvimento com campanhas publicitárias financiadas por empresas de apostas.
No documento, a senadora argumenta que a presença do cantor é crucial para avaliar “possíveis recebimentos irregulares ou participação em ações consideradas antiéticas ou ilegais”. Além disso, Soraya solicitou ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) o compartilhamento de relatórios de inteligência financeira (RIFs) de Gusttavo Lima e da empresa Balada Eventos e Produções LTDA., da qual ele é sócio.
Em setembro, Gusttavo Lima foi alvo da Operação Integration, que também envolveu a influenciadora Deolane Bezerra, e buscava apurar crimes de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Na ocasião, o cantor chegou a receber um mandado de prisão preventiva, revogado no dia seguinte. A investigação foi arquivada na última segunda-feira, a pedido do Ministério Público, por falta de provas. A defesa do músico celebrou a decisão, reafirmando a inexistência de irregularidades.
Antes da operação, Gusttavo Lima era garoto propaganda da empresa ‘Vai de Bet’, cujo sócio, José André da Rocha Neto, também foi alvo de investigação.
Felipe Neto e outros famosos
A pauta da CPI desta terça-feira também inclui a análise do requerimento para convocar Giovanni Rocco Neto, secretário nacional de Apostas Esportivas do Ministério do Esporte. Além disso, estão previstos convites para o empresário e influenciador digital Felipe Neto e especialistas no setor de apostas on-line.
Na semana anterior, o colegiado aprovou a convocação de outras personalidades, como as influenciadoras Gkay e Deolane Bezerra, além dos cantores Wesley Safadão e Jojo Todynho. Caso a convocação de Gusttavo Lima seja aprovada, ele será obrigado a comparecer ao colegiado, salvo determinação contrária do Supremo Tribunal Federal (STF).