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21 de novembro de 2024
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Crianças a partir de cinco anos de idade já podem fazer curso de robótica

CRÉDITOS/ FOTOS: DIVULGAÇÃO MANAÓS TECH
CRÉDITOS/ FOTOS: DIVULGAÇÃO MANAÓS TECH

É cada vez mais frequente encontrar crianças que aprendem a manusear dispositivos digitais desde muito pequenas. Elas são chamadas de “nativos digitais”. São crianças que nasceram em um mundo dinâmico, cercado por todo tipo de tecnologia e que, na maioria das vezes, aprendem a manejar plataformas digitais antes mesmo de aprender a ler e escrever.

Por isso, a Escola de Robótica Manaós Tech for Kids lança em 2020, vagas para as turmas de Padawans Jr – onde crianças a partir de cinco anos de idade poderão aprender sobre robótica e programação. Para a direção da escola, a educação infantil deve aproveitar as habilidades que as crianças têm com as tecnologias para despertar a criatividade e raciocínio, além de outras habilidades.

“Uma das novidades para a nossa escola em 2020 é que vamos abrir turmas para crianças a partir de cinco anos de idade. A nossa forma de aprendizagem não requer leitura alguma delas porque o nosso material de ensino é bem lúdico. Então, as crianças começam com o material de introdução à mecânica para robôs, onde usarão uma ferramenta chamada Gears and Gears (uma espécie de robótica de encaixe). Com as estruturas e engrenagens, os pequenos vão montando e criando formas e, com isso, aprendem conceitos de mecânica, Scratch Jr, entre outras tecnologias que ajudarão, inclusive, com a coordenação motora delas”, explica, Glauco Aguiar, CEO da Escola de Robótica que já atua há três anos com educação voltada para essas tecnologias.

Para Luiz Garcia Júnior, diretor da Escola, as crianças têm muitas habilidades e facilidades com esse tipo de tecnologias. “Os professores passam uma espécie de problemática e os pequenos já conseguem entender e construir seus próprios robôs com o auxílio das ferramentas de encaixes e outras aplicações. Por isso, o incentivo dever ser contínuo”, destaca.

Na Manaós Tech, as metodologias são educativas e divertidas, com as quais a garotada pode construir historinhas e joguinhos, além de aprender programação com o uso de um robozinho chamado “Koji” que ensina programação com o auxílio de setas e emojis.

Tecnologias deve estar a serviço da educação

Especialistas afirmam que é um erro ignorar ou mesmo deixar a tecnologia de fora da relação: ensino – aprendizado, já que essa interação deve ser saudável e funcional, além de aproveitar todos os benefícios dessa experiência. Mas, apesar de vivermos na era digital, existem educadores que são contra a inclusão das tecnologias na educação infantil, como revela a Pedagoga e Especialista em Tecnologias na Educação, Nivia Maria Cruz Carvalho.

“Estamos numa geração que temos alunos do século XXI, professores do século XX e pais do século XIX, ainda. Eles acreditam que aprender a ler e escrever é só decorar as palavras, decorar as letrinhas, escrever o nome e sabemos que não é só isso! Mas quando a escola se propõe a fazer o uso da tecnologia sem ter um isolamento, sem anular ou excluir a educação tradicional, aí ela só acrescenta. E então essa escola é bem vista e essa educação é aceita pelos pais”, esclarece a especialista.

Nivia reforça que a educação infantil é onde a criança tem o primeiro contato com outras linguagens que não é aquela que a gente entende que seja só a do alfabetizar, ou seja, das letras. Para a educadora, “hoje, essas linguagens que estão tomando conta do cenário são as linguagens tecnológicas, como a lógica, o raciocínio, a robótica e tudo o que o não é aquela linguagem tradicional”.

Para a advogada e Especialista em Gestão Educacional, Fabíola Rebelo, a questão do uso das tecnologias na educação nos dias de hoje é quase que necessária. Porém, segundo a especialista, existe a grande necessidade de um melhor preparo dos professores e das escolas para ensinar de uma forma mais criativa e inovadora.

“Nos dias de hoje, aprender sobre robótica e programação é essencial para as crianças e adolescentes. As pessoas precisam aprender um mínimo de tecnologia porque já vivemos num mundo que é preciso saber o mínimo de letramento digital para votar, para ir ao banco, entre outros serviços. Imagina quando essas crianças crescerem? Percebemos que hoje em dia, a pessoa só consegue se enquadrar no mercado de trabalho a se ela tiver um mínimo de letramento digital.”, reforça a advogada.

Outro gargalo apontado por Fabíola é a facilidade com a qual os alunos têm todo tipo de conteúdo na internet, fato que acaba exigindo ainda mais a criatividade e preparo dos professores para trabalhar o aprendizado de forma mais interessante nas salas de aula.

O administrador, Moisés Branco, pai da pequena Ana Alice de nove anos que estuda robótica desde os sete, diz que a função dos pais é dar oportunidades para que os filhos desenvolvam as suas habilidades.

“Como saberemos quais são as habilidades das crianças se elas nunca tiverem a oportunidade de usar? Então, quem tiver condições financeiras deve por os filhos na robótica, natação, balé, culinária, equitação, tudo o que for possível. Hoje, pode não fazer sentido para essa criança, mas no futuro esse conhecimento aprendido vai se encaixar. Além disso, dar oportunidades de aprender tecnologia desde pequeno é a mesma coisa que ensinar a ler e escrever. É o básico. Basta olhar em volta: portarias, caixas eletrônicos, celulares, câmeras de segurança, prontuário eletrônico, carros, geladeira, tudo é tecnologia”, destaca Moisés.

Adolescentes aprendem linguagem de programação para adultos

De olho nos talentos e nas habilidades dos nativos digitais, na escola de Robótica Manaós Tech for Kids, meninos e meninas se preparam para um futuro que já é presente. Em 2020, as novas turmas contarão com o curso “Jedi Coder”, onde adolescentes de 12 a 16 anos que têm afinidade com algum tipo de linguagens de programação, poderão aprender a desenvolver seus próprios aplicativos e interfaces de Inteligência Artificial, entre outros dispositivos tecnológicos.

“A turma de Jedi Coder é totalmente voltada para programação. Os adolescentes começam desenvolvendo aplicativos (APP), depois vão para linguagem Python, Inteligência Artificial (A.I), desenvolvimento de Android Studio e aplicativos profissionais. Depois eles passam para a fase de desenvolvimento web produção de sites, API e outras aplicações online. Ao fim do curso, os alunos apresentarão um projeto de programação onde usarão uma dessas plataformas que aprenderam. Isso tudo é muito legal porque eles vão ver a parte de mobile, web e desktop – as três áreas principais de programação, fazendo com que eles já possam estar aptos para escolher uma carreira relacionada”, explica Glauco Aguiar, diretor da Manaós Tech.

 

*Com informações da Assessoria

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