A situação financeira do Governo do Amazonas entrou em estado de alerta máximo. Empresários e prestadores de serviços terceirizados da saúde pública demonstram preocupação após uma decisão da Secretaria de Fazenda (Sefaz), comandada pelo secretário Alex Del Giglio. A pasta determinou a suspensão de todos os pagamentos até dezembro de 2025.
A medida afeta diretamente empresas que prestam serviços essenciais, fornecedores e profissionais terceirizados, que já temem atrasos ou até a impossibilidade de receber pelos serviços prestados. Fontes internas relataram que o caixa do Estado estaria sob forte pressão, com limitações orçamentárias que comprometem o pagamento de despesas básicas.
De acordo com empresários do setor, a determinação da Sefaz pegou a todos de surpresa e gerou revolta. Muitos afirmam que a atual gestão estaria repetindo erros de administrações passadas, o que pode colocar em risco a estabilidade financeira do sistema de saúde pública.
Pressão sob unidades
Além da suspensão dos pagamentos, diretores de unidades de saúde afirmam sofrer pressão para devolver entre 20% e 30% das emendas parlamentares destinadas às instituições. Em caso de confirmação, o fato se configuraria em extorsão e desvio de recursos públicos. Portanto,o Ministério Público do Estado (MP-AM) e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) poderão apurar o caso.
Enquanto o governo alega que a decisão faz parte de um “ajuste fiscal” para equilibrar as contas, os efeitos já aparecem. Há atraso de repasses, risco de paralisação de contratos e ameaça de colapso nos serviços de saúde pública.
Nos bastidores, a crise também afeta a credibilidade da gestão Wilson Lima, que enfrenta críticas de empresários e servidores. Um novo slogan irônico circula nos corredores administrativos: “Calote no Estado: antes não tinha, agora tem.”
A Secretaria de Fazenda e o Governo do Amazonas ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as denúncias de extorsão ou sobre um cronograma para normalizar os pagamentos.