A Polícia Civil prendeu nesta semana, no município de Alvarães (a 531 km de Manaus), um homem de 57 anos, suspeito de apoiar Alexsandro da Silva, o “Branco”, considerado o principal nome por trás de uma série de desaparecimentos brutais e assassinatos em série no interior do estado.
De acordom com o delegado Marcelo Lopes, responsável pela investigação, o preso seria um dos colaboradores de Branco. O homem ficou conhecido nacionalmente após desaparecer com o corpo de sua ex-companheira Ana Paula Barbosa, 28 anos, e dos filhos dela, Kauã Miguel (10) e Maria Ísis (7). Além disso, ele tinha cemitério clandestino numa ilha de Tefé.
Durante o cumprimento do mandado de prisão temporária, a PC-AM também realizou buscas na casa do suspeito. No local, os agentes encontraram um bote de seis metros e um motor de popa, ambos furtados da Prefeitura de Alvarães, o que reforça as suspeitas de associação criminosa.
O terror causado por Branco
Alexsandro da Silva, o “Branco”, estava foragido desde julho de 2024, após fugir do presídio de Tefé. Na ocasião, um pescador localizou seu corpo em um igapó próximo à comunidade Piraruaia, no dia 13 de setembro de 2025. Posteriormente, bombeiros resgataram seu corpo e o levaram ao Hospital Regional de Tefé.
Ele era suspeitos de cometer homicídios, estupro de vulnerável, necrofilia e violência doméstica, além de abusar e matar a própria filha.
Moradores da região e familiares das vítimas relataram que o criminoso costumava se aproximar de mulheres vulneráveis, especialmente mães solteiras, conquistando sua confiança antes de cometer os crimes. Testemunhas também afirmaram que Branco praticava necrofilia após assassinar suas vítimas.
Descobertas chocantes e críticas à investigação
A polícia descobriu o cemitério clandestino após denúncias. Porém, em agosto de 2025, familiares das vítimas encontraram novas ossadas humanas, incluindo um crânio e um fêmur, durante uma homenagem às vítimas. Essas descobertas aumentaram a pressão sobre as autoridades, que vinham sendo criticadas por lentidão nas investigações e falta de resposta aos apelos dos familiares.
Por fim, a perícia nas ossadas segue em andamento, e a Polícia Civil acredita que novos cúmplices possam ser identificados. A população pode ajudar com informações anônimas pelos números 181 ou 190.