O curta-metragem “Mata-Gato”, dirigido por André Cunha, estreia nesta quarta-feira (23/07), no Teatro Gebes Medeiros, localizado na avenida Eduardo Ribeiro, 937, no Centro de Manaus. A sessão começa às 18h30, com entrada gratuita e classificação indicativa de 18 anos.
Além da exibição do filme principal, a programação da noite inclui produções de outros cineastas amazonenses. Entre elas estão “Jupia”, de Márcio Nascimento; “Necromante”, de Ricardo Manjaro; além de “Covid” e “O Pulo do Gato”, ambos dirigidos por Jimmy Christian.
Terror, literatura e estética retrô
“Mata-Gato”, coproduzido pela Artecontemporaneapurafilms & LaXunga Produções, retrata os acontecimentos de uma longa noite de terror vivida por um velho solitário e atormentado após matar mais um gato. A narrativa, portanto, mergulha em um universo psicológico sombrio.
O roteiro, assinado por André Cunha e Jimmy Christian, inspira-se em contos clássicos da literatura fantástica. Por exemplo, “O Gato Preto”, de Edgar Allan Poe (1843), e “Os Gatos de Ulthar”, de H.P. Lovecraft (1920). Essas obras, aliás, exploram a crueldade humana diante da inocência e do misticismo atribuídos aos felinos.
Além disso, o curta dialoga diretamente com o filme amazonense “O Pulo do Gato”, de Jimmy Christian (2021). Do mesmo modo, a estética remete aos clássicos do terror dos anos 1980, especialmente àqueles com efeitos práticos marcantes — como “O Enigma do Outro Mundo” (1982) e “Uma Noite Alucinante” (1987).
Equipe envolvida
A produção de “Mata-Gato” contou com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio do edital nº 01/2023 de Fomento às Artes – categoria Audiovisual. O projeto foi financiado pelo Governo Federal, via Ministério da Cultura, e executado pelo Governo do Amazonas, através da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
No elenco, destacam-se o ator Evandro Menezes e a gata Florinha de Deus. Já a equipe técnica inclui Renata Paula (assistência de direção), Liviah Prestes (preparação de elenco), Max Caracol (assistência de produção), Orlando Júnior (direção de fotografia), Schaydson Souza (assistência de fotografia), Villy Gouveia (direção de arte), Afrânio Pires e Daniele Coimbra (assistência de arte), Enmanuel Gomes (edição e efeitos especiais) e Castro Junior (trailer).
Além disso, a produção contou com Fernando Crispim (som direto), Bruno Fabian (stopmotion), César Nogueira (making of e fotografia still), Daniel Fredson, Moham Henrique e Yan Rodrigues (trilha sonora), Isabelly Maria e Manuella Barros (comunicação) e Ashna Kapoor (design de capa).
Sobre André Cunha
André Cunha é diretor, roteirista e produtor cultural. Ao longo de mais de cinco anos de trajetória, participou de diversos festivais e mostras audiovisuais com documentários da Picote Produções, entre 2021 e 2023.
Com “Mata-Gato”, ele estreia na direção de ficção, adotando uma abordagem centrada em “filmes de gênero”. Essa transição, aliás, representa um novo momento em sua carreira.
Anteriormente, André atuou como segundo assistente de fotografia na série Boto (2017); como assistente de direção em Manaus Hot City (2019); e como diretor no documentário Curumim na Lata (2020). Em seguida, trabalhou como assistente de edição em Zico, o Jabuti (2021), e dirigiu os documentários Pajelança Cabocla e O Lixo Transformado em Arte (2021).
Posteriormente, foi assistente de direção no longa Mawé (2022); dirigiu fotografia no curta A Cor da Canção (2024); atuou como assistente de fotografia no documentário Barbotinas (2024); e como continuísta no longa Airumã: Um Encontro nas Estrelas (2025).