O reeleito pelo partido (AVANTE) David Reis, que já foi presidente da câmara municipal de Manaus anda pelos corredores da casa colhendo assinatura dos seus colegas para assumir novamente o posto que um dia foi seu. O grande problema é que os vereadores que compõem a base da oposição já bateram o martelo, ” todos, menos David Reis”. Além dos vereadores de oposição, David Reis enfrenta resistência por parte de seus colegas de partido o AVANTE, como não é bem quisto pela imprensa, já que sua gestão foi marcada por uma cesta falta de respeito aos jornalistas.
Além disso, a gestão de David Reis durante sua passagem pela presidência da CMM, acumulou uma série de escândalos e embates com vários vereadores que não aceitavam a ditadura empregada por ele. Entre as polêmicas que envolveram o nome de Reis, em meio a sua gestão à frente da CMM e que causaram muita indignação popular, devido à forma como foi conduzida, está a construção de um prédio anexo à CMM, que custaria cerca de R$ 32 milhões aos cofres da Casa. A construção só não foi adiante após o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) barrar o andamento da construção, após ação dos vereadores Amom Mandel (Cidadania) e Rodrigo Guedes (Republicanos) que discordavam do valor que seriam empenhados nesta obra.
Até então, David Reis parece não ter superado ainda, a “queda do puxadinho”. Em sessão plenária realizada no último dia 20 de maio, o vereador voltou a comentar sobre o assunto, afirmando que o tempo vai dizer quem tinha razão em manter a obra. David ainda disse que tentaram confundir a sociedade manauara e que, na época, usaram de muita maldade com seu nome.
“De forma muito graciosa apelidaram de puxadinho, não sei em que mundo, uma obra dessa seria um puxadinho. Ou a pessoa que apelidou tem muita riqueza e deve talvez morar em Dubai, que não sei nem onde fica, ou a pessoa tem muita maldade no coração com aqueles que moram em Manaus. O tempo vai responder que eu tinha razão. Naquele momento tinha muita maldade, uma avalanche de maldade que miraram no meu rumo foi para confundir a população”, disse.
Superfaturamento – Além disso, possíveis superfaturamentos em contratos fechados pela CMM também deram o tom desta gestão conflituosa, o mais recente deles, foi a distribuição de “kits selfie” entregue aos parlamentares. Os kits eram compostos com máquinas fotográficas, microfones e acessórios de audiovisual. A compra, que repercutiu negativamente na mídia nacional, virou alvo Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) com suspeitas de irregularidades no processo licitatório da compra dos kit-selfie, por alguns itens estarem supostamente com preços superfaturados.
Ademais, houve ainda a compra de café e açúcar, feita no ano passado, com a suspeita de sobrepreços. Na ocasião, a população considerou que o café servido na Casa Legislativa era o mais caro da cidade. Devido a repercussão, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) abriu procedimento para investigar o contrato e, após quase um ano, o órgão desconsiderou às suspeitas na aquisição apenas de alguns itens da compra.
Contrato suspeito – No mês de maio deste ano, mais um contrato formalizado entre a CMM e a empresa J. C. S. Comercio e Serviços de Energia Solar Ltda., também entrou na mira do TCE-AM, sob suspeita de irregularidades. O contrato, no valor de mais de R$ 5,1 milhões, foi denunciado ao TCE, por a empresa não ter capacidade técnica para implementar o sistema de painéis solares, uma vez que a empresa tem um patrimônio de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), e “dificilmente terá lastro financeiro para obtenção da vultuosa quantidade de equipamentos” necessários para a instalação do sistema na CMM, apontava a denúncia.
Cotão – Não só essas situações “abalaram” a imagem do parlamentar no comando da CMM, mas também a aprovação, na última sessão plenária de 2021, do aumento da Cota para o Exercício Parlamentar (Ceap), mais conhecida como “Cotão”, que passou de R$ 18 mil para mais de R$ 33 mil. O ato também repercutiu de forma negativa na gestão de David Reis. No dia da votação, em 15 de dezembro de 2021, Reis nem sequer esteve presente no plenário e deixou a aprovação nas mãos do 1º vice-presidente, o vereador Wallace Oliveira (Pros).
Ausências – Outro ponto conflitante da gestão de David Reis é que em muitas vezes ele não preside as sessões plenárias e pouco e é visto no Plenário Adriano Jorge. Nessa quarta-feira, 1º/6, por exemplo, o parlamentar não estava na sessão, o que é algo recorrente, mesmo que o vereador esteja em outras dependências da Casa Legislativa.
Com a diária custando R$ 1.271,70, a soma de todas as diárias pagas a cada parlamentar que viajou a trabalho, chega a R$ 93.219,20, sendo o valor de R$ 58.883,30 em março, e R$ 34.335,90 em abril. Este total não inclui despesas com hospedagens e nem com passagens aéreas.
Produtividade – Em meio a todas estas polêmicas e considerando apenas o período em que Davi Reis está na Mesa Diretora (um ano e meio), como presidente, desde 2021 – embora o parlamentar esteja na CMM desde 2012 e está exercendo o seu terceiro mandato consecutivo -, a produção de Reis, entre 2021 e 2022, é de 11 moções; 54 requerimentos; três indicações; apenas seis Projetos de Lei; um Projeto de Resolução, e um Projeto de Emenda à Lei Orgânica de Manaus (Loman).
Retorno – O vereador foi procurado pelo Portal O Convergente para comentar como avalia sua gestão à frente da CMM; quais pontos positivos e negativos que ele poderia indicar desse período como presidente. Ao O Convergente, David Reis respondeu, por meio de nota, que algumas ações positivas foram realizadas para o fortalecimento do Parlamento entre 2021 e 2022, como a criação da Escola do Legislativo (Ecolegis); melhoria da infraestrutura da CMM e reorganização administrativa, porém a nota não fala sobre as ações negativas da gestão de David Reis. Fonte ( O CONVERGENTE).
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