A Defesa Civil do Amazonas apresentou, nesta segunda-feira (11/08), o prognóstico da estiagem de 2025 para representantes dos setores de energia elétrica, combustíveis e telecomunicações. O encontro, realizado de forma híbrida (presencial e virtual), teve como foco o alinhamento de estratégias para minimizar impactos no abastecimento e na prestação de serviços essenciais durante o período de seca.
De acordo com o órgão, a estiagem poderá afetar entre 20 e 30 municípios do estado. Com impacto estimado em cerca de 480 mil pessoas, especialmente nas regiões mais dependentes do transporte fluvial.
Estiagem tende a ser menos severa
Durante a apresentação, a Defesa Civil compartilhou dados técnicos que indicam uma estiagem de intensidade leve a moderada, um cenário menos crítico se comparado aos dois últimos anos (2023 e 2024), quando o Amazonas enfrentou sécas severas com graves impactos sociais e econômicos.
“Nosso papel é antecipar os cenários, compartilhar as informações com quem opera serviços essenciais e, juntos, planejarmos medidas que garantam o mínimo de impacto possível para a população”, afirmou o secretário adjunto de Operações da Defesa Civil, coronel Erick Melo.
Setores estratégicos reunidos
Participaram do encontro representantes de empresas e instituições dos setores estratégicos:
- Energia elétrica: Amazonas Energia, Oliveira Energia, ENEVA
- Combustíveis: Refinaria da Amazônia (REAM), VP Flex Gen, Cigás
- Telecomunicações: Anatel, Claro
- Governo: Semig, Defesa Civil do Amazonas
O objetivo principal foi discutir planos de contingência para garantir o fornecimento contínuo de energia, o abastecimento de combustíveis e a manutenção das redes de comunicação, mesmo diante de possíveis restrições logísticas causadas pelo rebaixamento dos rios.
Monitoramento e resposta rápida
De acordo com o coronel Erick Melo, o trabalho intersetorial é fundamental:
“Quando todos os setores trabalham de forma integrada, conseguimos responder mais rápido às necessidades do interior, garantindo que as famílias não fiquem desassistidas.”
A Defesa Civil continuará monitorando os níveis dos rios e as condições climáticas. Assim, as atualizações periódicas servirão de referência para o poder público e a iniciativa privada durante o período da estiagem.