A advogada Viviane Batalha, defensora dos PMs acusados de estupro contra uma indígena na delegacia de Santo Antônio do Içá, interior do AM, apresentou uma nova versão sobre o caso.
Ela, que afirma também ser da etnia Kokama, afirmou que a denuciante fez falsas acusações e as inventou durante a audiência de custódia. A ação por parte da mulher, de acordo com a advogada, seria uma forma de vingança.
“Ela criou essa história como retaliação. O bebê nunca ficou detido com ela”, declarou Viviane Batalha, que afirma trabalhar na delegacia onde o caso ocorreu.
Defesa questiona alegação de parto sem assistência
Viviane também negou a versão de que a vítima deu à luz sozinha em uma cela De acordo com Batalha, o bebê não esteve em nenhum momento detido com a mãe e as condições da delegacia, embora precárias, não permitiriam tal situação passar despercebida.
A advogada ainda afirmou que a mulher mantinha relações sexuais com seu companheiro dentro da unidade policial. De acordo com a defesa, a indígena se aproveitava da falta de controle no local.
Delegacia com estrutura precária é foco da defesa
A advogada também citou que a estrutura da delegacia facilita irregularidades, devido à ausência de agentes, à livre circulação de não autorizados e até à possível entrada de drogas.
De acordo com a defesa, a Justiça condenou a indígena e deveriam transferi-la para uma unidade adequada, pois a destinação da delegacia é apenas para detentos provisórios.
Presa por homicídio
A defesa também colocou em dúvida a credibilidade da denunciante. A advogada relatou que a polícia investiga a mulher por envolvimento no assassinato de uma adolescente em Manaus e que ela seria faccionada.
Sobre o laudo apresentado pelo Ministério Público, Viviane Batalha classificou o documento como inconclusivo e repleto de inconsistências.
Até o momento, quatro PMs e um guarda municipal foram presos no sábado (26) por suspeita dos crimes sexuais. Outros dois policiais militares ainda devem se apresentar às autoridades nos próximos dias.
O que diz o Ministério Público
Em nota, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) declarou que não comentará as declarações da advogada. De acordo com a nota, o trabalho ocorreu de maneira técnica, como depoimento da vítima, laudos periciais e o inquérito policial, que tramita dede 2023.