A diretora Petra Costa vai representar o Brasil no Oscar 2020: seu mais recente trabalho, Democracia em Vertigem, foi indicado ao prêmio de documentário nesta segunda-feira (23). No total, quatro dos cinco documentário na disputa são dirigidos ou codirigidos por mulheres.
Além de Democracia em Vertigem, são eles Indústria Americana, de Julia Reichert e Steven Bognar; For Sama, de Waad Al-Khateab e Edward Watts; e Honeyland, de Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov – este último também o único trabalho dirigido por uma mulher indicado na categoria de filme internacional.
O quinto indicado ao prêmio de documentário é The Cave, de Firas Fayyad. Neste ano, 54 dos 159 filmes inscritos na disputa pelo Oscar de documentário eram dirigidos ou codirigidos por mulheres, uma proporção de cerca de 34%, abaixo dos 40,3% registrados em 2018. Em 2017, o índice foi de 35%, e em 2016, de 32%.
Vale lembrar que nenhuma mulher foi indicada ao Oscar 2020 na categoria de direção e que Adoráveis Mulheres, de Greta Gerwig, é o único longa dirigido por mulher na disputa pelo prêmio de melhor filme.
Democracia em Vertigem foi produzido pela Netflix e exibido na competição internacional de documentários do Festival de Sundance. O filme faz um retrato do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, finalizado em agosto 2016, e da ascensão de Jair Bolsonaro.
É o terceiro longa de Petra Costa, diretora de Elena (2012) e Olmo e a Gaivota (2015).
Antes dela, a diretora brasileira Tetê Vasconcellos concorreu ao prêmio de documentário com El Salvador: Another Vietnam (1981), codirigido por Glenn Silber. Em 2010, Lixo Extraordinário, codirigido por Lucy Walker, Karen Harley e João Jardim disputou o prêmio de documentário – no entanto, apenas Walker e o produtor Angus Aynsley foram creditados como indicados no site da Academia.
Fonte: Mulher no Cinema