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8 de julho de 2025
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Deputado Delegado Pablo tem bens sequestrados em processo por corrupção

A Justiça Federal no Amazonas determinou o sequestro de imóveis do deputado federal Delegado Pablo (PSL). Ele é acusado de corrupção passiva, crime contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro. O parlamentar foi eleito em 2018 na onda de apoio a Jair Bolsonaro.

Delegado licenciado da Polícia Federal, o deputado é suspeito de ter utilizado seu cargo na polícia para praticar ilícitos. Segundo a apuração, o parlamentar teria se aproveitado de informações obtidas em investigações para viabilizar o agenciamento de venda de uma empresa para sua mãe.

Os eventos ocorreram entre 2011 e 2012. Em maio, ele foi alvo de uma operação de busca e apreensão.

 

O processo

Segundo o Ministério Público Federal, o empresário Daniel Tomiasi teria adquirido a empresa Só Mudas de Eda Oliva Souza, mãe do deputado, por R$ 500 mil.

No entanto, a companhia nunca havia registrado qualquer indício de atividades que justificassem o valor pago, como vínculos empregatícios, ponto comercial ou clientes.

A empresa não tinha sequer autorização para produzir mudas.

Após a sucessão societária, os novos sócios não contrataram funcionários nem movimentaram recursos.

Além disso, mantiveram Pierre Oliva, médico e irmão do deputado, como sócio, o que fortaleceu a suspeita no MPF de que a negociação da empresa “serviu para ocultar a destinação de valores ilícitos” a Pablo Oliva, atualmente deputado federal.

Na condição de novo proprietário, Tomiasi também pagou um débito de R$ 116 mil relativo a um imóvel registrado pela Só Mudas.

 

Constatação da PF

A Polícia Federal constatou que Pablo confeccionou o contrato de aquisição da empresa em sua estação de trabalho, mesmo que, oficialmente, não tivesse qualquer relação com o negócio.

Além de ter usado seus familiares para ocultar a propriedade da empresa Só Mudas, Pablo usou os valores recebidos na construção de uma casa, aponta o MPF.

A obra foi intermediada por sua mãe, mas troca de e-mail obtida pela PF mostrou que o beneficiário dela seria Pablo, na casa de quem foram encontrados recibos de entregas de grande quantidade de dinheiro em espécie sem lastro na Receita Federal.

 

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