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8 de julho de 2025
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Deputado federal do Ceará é alvo de operação da Polícia Federal

Operação Underhand investiga esquema de desvios de recursos públicos, influências ilícitas e financiamento ilegal de campanhas eleitorais na região

Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

Nesta terça-feira, 8, a Polícia Federal realizou a Operação Underhand, uma ação que revela suspeitas de esquema criminoso envolvendo o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE). A operação mira uma organização suspeita de desviar recursos públicos através de fraudes em licitações no Ceará, além de práticas ilícitas relacionadas a campanhas eleitorais.

Quem é o deputado federal Júnior Mano?

Antônio Luiz Rodrigues Mano Júnior, conhecido como Júnior Mano, atua na Câmara dos Deputados desde 2018. Primeiramente eleito com mais de 67 mil votos, ele foi reeleito em 2022 com mais de 216 mil votos, tornando-se o segundo parlamentar mais votado do Ceará. Além disso, Júnior Mano possui uma trajetória política marcada por seu envolvimento em diferentes partidos, inclusive o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), até sua expulsão em 2020 por declarações de apoio a candidatos políticos locais.

Natural de Nova Russas, no Ceará, Júnior Mano iniciou sua carreira política como vice-prefeito em 2016. Segundo seu próprio site, ele é motivado pelo amor à família e pela fé em Deus. Ele é casado, pai de uma filha e afirma ter apresentado mais de 80 projetos voltados à melhoria da infraestrutura, saúde e educação na região.

O que diz a investigação?

A Polícia Federal aponta que o grupo investigado está envolvido na articulação de desvios de verbas públicas. O dinheiro tinha destinação à cidades cearenses por meio de fraudes em licitações e contratos ilícitos. Segundo as informações, esses contratos serviram para gerar recursos de caixa dois, utilizados para financiar campanhas eleitorais do grupo político no Ceará, especialmente em 2024.

A investigação teve início após denúncia da ex-prefeita de Canindé, Rozário Ximenes (Republicanos). Ele afirmou que o esquema de desvio de emendas se estendia por pelo menos 51 municípios. Carlos Alberto Queiroz Pereira, conhecido como Bebeto do Choró (PSB), atualmente foragido, é apontado como operador responsável por abordar gestores públicos e oferecer emendas de Júnior Mano em troca de propinas.

Além disso, os autos enviados ao Supremo Tribunal Federal indicam o envolvimento direto do deputado nos desvios, com o objetivo de fortalecer sua base de apoio político e alimentar o esquema de compra de votos.

Quais crimes estão sendo investigados?

A investigação aponta para a prática dos seguintes crimes:

– Organização criminosa
– Captação ilícita de sufrágio
– Lavagem de dinheiro
– Falsidade ideológica com fins eleitorais

Além disso, contou com o apoio técnico da Controladoria-Geral da União (CGU). Como medidas, a Justiça bloqueou  R$ 54,6 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas envolvidas, além do acesso aos dados telemáticos de celulares apreendidos durante a operação.

 

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