Um tribunal de Madri ordenou nesta quinta-feira (25) a libertação provisória dos quatro detidos por supostamente simular o enforcamento de um boneco com a camisa de Vinícius Júnior em uma ponte de Madri no último mês de janeiro.
O chefe do Juizado de Instrução 26 de Madri emitiu estas medidas na madrugada, ao indiciar os quatro detidos por um crime de ódio e outro contra a integridade moral, embora esta qualificação seja inicial e possa ser modificada à medida que avance a investigação judicial, segundo informou o Tribunal Superior de Justiça de Madri (TSJM).
Além de serem acusados de crime de ódio, os suspeitos estão proibidos de se aproximarem e se comunicarem com o jogador brasileiro, e de se aproximarem a menos de mil metros do complexo esportivo do Real Madrid.
Também estão proibidos de se aproximar a menos de mil metros dos estádios Santiago Bernabéu (do Real Madrid) e Metropolitano (do Atlético de Madrid), bem como de todos os estádios da LaLiga durante a realização das partidas do Campeonato Espanhol, de acordo com o calendário estabelecido por seus organizadores.
Essas medidas de distanciamento foram solicitadas pelo Ministério Público e pela LaLiga, que pediu para que fossem estendidas a todos os estádios, segundo confirmaram à EFE fontes da procuradoria e dos representantes dos clubes.
Os quatro detidos valeram-se de seu direito constitucional de não testemunhar durante a audiência no tribunal.
Os detidos são quatro homens com idades compreendidas entre 19 e 24 anos, três deles membros ativos da torcida organizada radical Frente Atlético.
O boneco inflável que vestia a camisa do jogador do Real Madrid apareceu pendurado em uma ponte na manhã de 26 de janeiro, data em que foi disputado o dérbi de Madri válido pelas quartas de final da Copa do Rei.
Ao lado do boneco enforcado foi exibido um banner de 16 metros de comprimento que dizia “Madri odeia o Real”.
Esta decisão é divulgada depois que na última terça (23) os três jovens detidos pela Polícia Nacional por insultar Vinícius Júnior no estádio do Valencia terem sido libertados após prestarem depoimento.