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3 de junho de 2024
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Donos de creche são suspeitos de agredir funcionárias e servir arroz com baratas: “Tinha patas, asas”

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando os proprietários da creche particular Fonte Reis Prime, em Vila Valqueire, na Zona Oeste do Rio, por suspeita de agressão contra ex-funcionários.

Pessoas que trabalharam no local procuraram a 28ª Delegacia de Polícia para apresentar denúncias contra os donos do estabelecimento. Segundo os depoimentos, Danielle Bárbara da Fonte Moraes e o marido Thiago da Silva Moraes, humilhavam e agrediam os profissionais contratados.

Em um áudio a que o RJ2 teve acesso, Danielle reage com ofensas quando uma funcionária diz que vai à polícia denunciar a creche.

“Eu não vivo daquilo! Eu sou rica! Eu disse que eu sou rica!!! Eu não trabalho. Entende que às vezes eu fico seis meses em Orlando, seis meses na França, Londres? Amor, eu não trabalho porque eu preciso. Eu tenho renda passiva, tenho investimento. Eu sou rica!!! Você é pobre!!!”, disse Danielle

A auxiliar de desenvolvimento infantil Amélia Marracho Rodrigues contou que foi agredida por reclamar que tinha barata no arroz servido aos funcionários.

“Ela pegou no meu cabelo, eu caí no chão para que ela pegasse meu celular que estava na minha cintura, porque eu disse que estava gravando toda a situação. A (agressão) verbal eu venho sofrendo desde eu comecei a trabalhar lá, com comentários maldosos”, comentou Amélia.

Uma outra ex-funcionária da creche, a professora Isabelle Lira, de 28 anos, confirmou a versão de Amélia e relatou que presenciou as baratas no arroz. “Fui mexendo na comida e tinha patinha, troncos, cascas”.

Thiago também é acusado por uma professora, que não quis ser identificada, por constrangimento ilegal. A ex-funcionária prestou queixa contra o diretor por tê-la mantida presa em uma sala, sem seus pertences e sem poder pegar o telefone, até que ela assinasse um documento comprovando que seu pagamento de férias tinha sido feito, o que não era verdade.

Segundo a profissional, Thiago tinha tomado conhecimento de que ela havia entrado com um processo trabalhista contra a escola, exatamente pelo não pagamento de férias anteriores e por não receber pela carga de trabalho dupla que realizava. A professora contou que Thiago disse que ela não sairia da sala enquanto não assinasse, e que, então, coagida, assinou e logo em seguida procurou a polícia.

De acordo com vizinhos da creche, as crianças atendidas na instituição também sofriam com os abusos dos proprietários.

“O que me apavora são os gritos das crianças. Elas choram muito, muito. Inclusive eu escuto, algumas vezes, a professora falar ‘cala a boca, cala a boca, cala a boca’”, contou uma vizinha.
Segundo a 28ª DP, os dois procedimentos registrados na delegacia ficarão a cargo do Juizado Especial Criminal para decisão judicial.

O que dizem os envolvidos
Em entrevista ao RJ2, Thiago negou todas as acusações e disse que as ex-funcionárias fazem parte de um “motim”.

“Tá acontecendo uma série de inverdades, uma série de pessoas que estão fazendo um determinado motim para estar levantando uma série de inverdades sobre o nosso trabalho”, comentou Thiago.

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