Fundo dono do Paris Saint-Germain, a Qatar Sports Investments (QSI) mantém negociações com o Santos na avaliação de um possível investimento no futebol brasileiro. A informação foi noticiada primeiramente pelo GE e confirmada pela reportagem da ESPN.
O pai de Neymar tem auxiliado nas conversas com o grupo que é de propriedade do governo do Qatar. O negócio, contudo, não é simples, tampouco está próximo de um desfecho.
Estudo divulgado na segunda-feira (22) pela consultoria Ernst & Young, com base nos demonstrativos financeiros dos clubes brasileiros em 2022, mostrou, por exemplo, que o endividamento líquido do Santos é de R$ 540 milhões, o nono maior do Brasil. Desse total, R$ 204 milhões são dívidas tributárias, e R$ 97 milhões em empréstimos.
Na última temporada, em contrapartida, o Santos teve R$ 342 milhões em receitas, com um superávit de R$ 16,9 milhões – que ficou abaixo da meta prevista em orçamento. Segundo o GE, a QSI já recebeu os demonstrativos financeiros referentes a 2022 do clube.
Outro problema que também é discutido nos bastidores é a transformação do Santos em SAF. Internamente, a equipe alvinegra só aceita a mudança para clube-empresa caso tenha 51% das ações, um modelo que não interessaria ao fundo ligado ao Qatar no momento.
O Santos já teve outras sondagens para um possível investimento como SAF, mas o fato de não abrir mão da posição de acionista majoritário fez com que as aproximações fossem recusadas.
No PSG, inicialmente, a QSI adquiriu 70% das ações do clube em 2011 e, no ano seguinte, comprou os 30% restantes, tornando-se única dona da equipe de Paris. Em outubro de 2022, o fundo do Qatar anunciou ter adquirido também 21,67% das ações do Braga, de Portugal.