O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou, nesta terça-feira (4), uma carta aberta à deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC), após declarações da parlamentar contra a possível candidatura de Carlos Bolsonaro (PL-RJ) ao Senado Federal por Santa Catarina em 2026.
Ele divulgou o texto no X (antigo Twitter), em meio a uma crise interna no PL catarinense, que discute os nomes que devem compor a chapa para o Senado nas próximas eleições. A princípio, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pretende lançar o filho Carlos como candidato no estado, mas enfrenta resistência de lideranças locais, incluindo Campagnolo.
Em sua carta, Eduardo saiu em defesa do irmão e cobrou lealdade partidária da deputada:
“Quando você nos procurou, lá no início da sua jornada, para pedir nosso apoio político, você assumiu um compromisso. O que não é aceitável é insurgir-se publicamente contra uma estratégia da liderança do seu grupo, uma decisão que nada tem a ver com valores morais, mas apenas com conveniência e tática política.”
O parlamentar também classificou as declarações de Campagnolo como “inaceitáveis”, criticando o fato de ela ter se posicionado publicamente contra Jair Bolsonaro:
“As declarações se insurgem contra a liderança política que a projetou e, pior, representam uma tremenda injustiça, já que ela usa uma régua contra meu irmão que jamais aplicou a si mesma.”
Eduardo encerrou a carta afirmando que a decisão deve ser deixada ao eleitorado catarinense:
“Deixemos o povo decidir se ele [Carlos] é ou não um bom candidato. Essa turbulência passou dos limites e não agrega a ninguém.”
Em 2026, cada estado elegerá dois senadores. Portanto, dentro do PL-SC há quem defenda a formação de uma chapa composta pela deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) e pelo senador Esperidião Amin (PP-SC). Todavia, isso contraria a vontade de Bolsonaro.
