Após eleitores massacrarem Amom Mandel, que não destinou verbas à capital amazonense, o deputado federal voltou atrás de suas escolhas. O parlamentar jovem, que pretende ser prefeito de Manaus, não destinou verbas a nenhuma prefeitura do estado, quiçá da capital, onde trava uma disputa política com David Almeida, atual prefeito.
Amom alegou, até então, que a falta de transparência era uma das razões para que as prefeituras e instituições públicas não recebessem emendas. Além disso, Amom criticou David por dizer que não houve destinação de emendas do deputado para a cidade.
A justificativa, segundo Amom, é porque o prazo do edital encerrou. Agora, o pré-candidato a prefeito de Manaus estendeu o prazo para a criação dos projetos. A inscrição dos projetos segue do dia 23 até o dia 26 deste mês. A votação popular será a partir do dia 24 de julho até o dia 31 de outubro.
A divulgação do resultado parcial da análise técnica das Inscrições será na próxima segunda-feira (29). O resultado final acontecerá no dia 05/11/2024.
Na picuinha política, quem perde é o povo
Enquanto o deputado federal penaliza a capital amazonense por causa da campanha eleitoral, a população é a que mais sofre. Do total de R$ 66 milhões que o deputado dispõe em emendas, Amom destinou R$ 16 milhões para o Governo do Amazonas.
No ano passado, Amom participou de reuniões com Wilson Lima, inclusive em viagem à Áustria. Em outra oportunidade, Amom esteve ao lado do governador e do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Roberto Cidade, para reativação de uma instalação da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon).
Vale ressaltar que este mesmo hospital foi alvo de denúncia de pacientes, em março deste ano, devido à falta de medicamentos. Em maio, a Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) notificou a FCecon sobre o acesso a quimioterapia para pacientes da fundação.
“Nós temos recebido demandas de pacientes precisando do tratamento quimioterápico, mas eles chegam a nós sem sequer uma negativa por parte da FCecon, o que prejudica bastante a judicialização”, explicou o defensor público Arlindo Gonçalves dos Santos Neto.
Enquanto o hospital é alvo de denúncias, não só de pacientes, mas também da própria defensoria, Amom fez questão de tecer elogios ao governador.
“Essa é a postura correta para um gestor: receber o que pode ser melhorado na gestão e trabalhar ao invés de reclamar porque recebeu as sugestões”, disse o deputado.
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