O embate entre Elon Musk e Peter Navarro, conselheiro econômico do presidente Donald Trump, ganhou novos contornos nesta terça-feira, 8. Musk, bilionário dono da Tesla e da SpaceX, reagiu com firmeza às críticas de Navarro. O conselheiro, por sua vez, o acusou de ter interesses comerciais por trás da oposição às tarifas impostas recentemente pelos Estados Unidos.
“Navarro é realmente um imbecil. O que disse é falso e fácil de provar. Deveria perguntar ao falso especialista que inventou, Ron Vara”, escreveu Musk na rede social X (antigo Twitter).
A declaração de Musk, portanto, veio após uma entrevista de Navarro à emissora CNBC. Durante a conversa, Navarro rebateu as críticas de Musk às “tarifas comerciais recíprocas” implementadas na semana passada. Além disso, ele declarou que Musk não é um verdadeiro fabricante de carros, mas sim um montador. Criticamente, Navarro também abordou a origem estrangeira dos componentes usados na produção da Tesla.
“Todos na Casa Branca – e o povo americano – entendem que Elon é um fabricante de carros. Entretanto, ele não é. Ele é um montador de carros. Queremos os pneus feitos em Akron, as transmissões feitas em Indianápolis e os motores feitos em Flint e Saginaw. Portanto, queremos os carros fabricados aqui”, disse Navarro.
Alvo de polêmicas
Em resposta, Musk afirmou que a Tesla é a montadora que mais utiliza componentes produzidos nos Estados Unidos. Além disso, ele ironizou a credibilidade de Navarro, relembrando que o conselheiro já foi alvo de polêmicas por inventar um personagem chamado Ron Vara, um suposto especialista cujo nome é um anagrama do próprio economista.
De acordo com o jornal The Washington Post, Musk, que atualmente integra o governo Trump como chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), tem pressionado o presidente a revisar as tarifas. Ele chegou a criticar a formação acadêmica de Navarro, afirmando que “um PhD em Economia por Harvard é uma coisa ruim, não uma coisa boa”.
Enquanto isso, a Casa Branca tentou minimizar a briga. A porta-voz Karoline Leavitt declarou que a disputa é um exemplo de transparência. “Esses são, obviamente, dois indivíduos com visões muito diferentes sobre comércio e tarifas. Assim, meninos serão meninos, e deixaremos que suas disputas públicas continuem”, afirmou.