Conforme estatísticas feitas pela DEP de Parintins, em 2023, a delegacia registrou, em janeiro 21 pedidos; assim como fevereiro; e em março e abril, 18 e 22, respectivamente. O total foi 82 pedidos.

Já em janeiro deste ano 47 medidas protetivas foram solicitadas; em fevereiro foram 38 e em março e abril foram 36 e 38, respectivamente. Totalizando 159 pedidos de medidas protetivas. Os números apontam um aumento de 77 pedidos em comparação ao mesmo período do ano passado.

O delegado Paulo Mavignier, diretor do DPI, destacou que o aumento das medidas protetivas para mulheres e a eficácia no combate aos agressores, são em decorrência do trabalho exemplar da Delegacia Especializada de Parintins.

“Por meio de um trabalho consistente, a delegacia ganhou a confiança da comunidade, criando um ambiente de apoio e compreensão sobre a importância das medidas protetivas. Este esforço conjunto resulta em uma maior segurança e bem-estar para as mulheres parintinenses”, enfatizou.

A delegada Marna de Miranda, titular da DEP de Parintins, explica que o aumento é fruto de um trabalho preventivo realizado pela equipe policial da delegacia, na zona urbana e zona rural de Parintins, para que a população da ilha Tupinambarana tenha acesso ao papel da unidade policial.

“Fazemos palestras em escolas e faculdades, para levar informações sobre a rede de enfrentamento à violência doméstica. Falar abertamente sobre o assunto entrevistas nos meios de comunicação também é uma forma de expandir informações sobre o crime de violência doméstica, sobre os mecanismos de defesa”, disse.

A delegada esclarece, ainda, que o aumento das medidas está relacionado diretamente à expansão do conhecimento das mulheres, adquirido a partir do trabalho de conscientização sobre os mecanismos de defesa que estão à disposição delas.

“Também está relacionado ao atendimento célere e positivo, como o número de prisões e a presença da equipe nas instituições de saúde e educação. Isso tudo aumenta a credibilidade no trabalho da Polícia Civil no município”, falou.

Marna também enfatiza que a medida protetiva não é punição do agressor, mas sim uma proteção para as vítimas. Entretanto, a ordem judicial só é eficaz se houver fiscalização do seu cumprimento.

“Em Parintins isso é uma das nossas prioridades. Se soubemos que o autor descumpriu a medida protetiva que a vítima veio à delegacia solicitar, para que haja paz para aquela mulher, logo representamos pela prisão preventiva deste homem. Assim como, também, saímos em campo para captura-lo em flagrante”, ressaltou.