Nelson Figueiredo Lima, 40, foi preso na tarde da última quinta-feira(8), em cumprimento de mandado de prisão pela Polícia Civil do Amazonas pelo crime de estelionato praticado contra 58 empresas fornecedoras de serviços e produtos em Manaus. O homem enganava as vítimas se passando por agente da Prefeitura de Manaus e atuava ilegalmente na abertura de empresas, além de dar andamento em processos de licitação e pregões empresariais.
A polícia informou que já estava à procura do homem, quando começou a receber denúncias de que ele estava fraudando contratos. Após as vítimas descobrirem que os contratos eram falsos elas começaram a comparecer até a delegacia, onde descobriam que se tratava de um golpe por conta dos processos no nome do homem.
Segundo Dilcson Lopes, empresário, o estelionatário chegou com um contrato, mas ele primeiro foi até prefeitura checar se era verídico, pois já trabalha com contratos em pregões junto a Prefeitura. “Eu peguei o contrato e fui na secretaria e a gente conseguiu constatar todo o esquema”, disse o homem.
Nelson agia na companhia de duas mulheres, sendo uma identificada como Franciele e outra como Francilene Diniz. Franciele era a motorista responsável de levá-lo a qualquer ponto da cidade de Manaus, a mesma se passava por esposa dele quando na verdade a verdadeira mulher de Nelson era Francilene, responsável por receber o valor das empresas em pix.
Segundo a empresária Juliana Alves, o homem chegou até ela dizendo que tinha interesse em fazer um contrato de marmita e café da manhã e já pediu dinheiro, o valor de R$ 1,500, que foi aumentando. Ele sempre ia no restaurante da vítima para fazer festas e levava muitos influencers. Juliana disse ainda que ele se passava por dono do estabelecimento.
“Eu descobri quando eu botei o meu contrato na internet e deu em Jutaí. Ele falava que era maçom e usava nomes de pessoas conhecidas em Manaus. Ele dizia que era o dono do meu estabelecimento e que eu era funcionária dele”, disse a empresária
Ao todo, 58 empresas foram vítimas do estelionatário, considerado o maior golpista do Amazonas. A polícia suspeita que ainda existam outras empresas que tenham assinado contratos com o homem. Até o momento a polícia não estipula um valor do prejuízo que o homem causou para os empresários.
O homem foi preso no 17º Distrito Integrado de Polícia (DIP), na zona oeste de Manaus. Franciele foi detida no momento da prisão, mas foi liberada após a polícia não ter provas diretas contra ela. Francilene está foragida.