Para ser eleito presidente dos Estados Unidos, não basta vencer no voto popular nacionalmente. Também é preciso ganhar a eleição em estados decisivos para formar maioria no Colégio Eleitoral. Quando um candidato vence num estado, ele arrasta todos os delegados. Não há divisão proporcional aos votos obtidos por cada postulante. Essa peculiaridade dá mais peso político a alguns Estados nos quais democratas e republicanos têm tido disputas mais apertadas nas últimas duas décadas.
Joe Biden apresenta hoje uma liderança folgada em seis estados fundamentais no Colégio Eleitoral nos quais o presidente Donald Trump derrotou a democrata Hillary Clinton em 2016: Michigan, Wisconsin, Pensilvânia, Flórida, Arizona e Carolina do Norte. O Colégio Eleitoral tem 538 delegados. Esse número é a soma das cadeiras de senador (100), de deputados federais (435) e dos três representantes do Distrito de Colúmbia, onde fica a capital norte-americana. Para ser eleito, é necessário alcançar, no mínimo, 270 votos (maioria absoluta).
Segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo jornal “The New York Times” em parceria com a faculdade Siena, a dianteira de Biden no Michigan é de 11 pontos percentuais. O democrata teria 47% contra 36% do republicano. O Michigan possui 16 representantes no Colégio Eleitoral. No Wisconsin, Estado visitado nesta quinta-feira por Trump, o placar é de 49% a 38% a favor de Biden (diferença de 11 pontos percentuais). Há 10 vagas para o Wisconsin no Colégio Eleitoral.