Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, definiram um roteiro de reaproximação durante uma reunião de quase duas horas realizada nesta quarta-feira (30), na base aérea de Busan, no sul da Coreia do Sul.
O encontro marcou um avanço significativo nas relações entre as duas potências e resultou em promessas de cooperação econômica e diplomática, incluindo o compromisso de reduzir as tensões da guerra comercial e a realização de uma nova cúpula bilateral em 2026, na China.
Segundo Trump, os governos “vão trabalhar juntos imediatamente na promoção de um cessar-fogo na Ucrânia”. A questão de Taiwan, porém, não foi discutida, ficando de fora da pauta por decisão mútua dos líderes.
Entre os resultados concretos, o presidente norte-americano anunciou redução das tarifas sobre produtos chineses, enquanto Xi Jinping se comprometeu a intensificar o combate ao tráfico de fentanil. Além disso, Pequim voltará a importar soja dos EUA, medida celebrada pelo setor agrícola norte-americano.
Outro avanço importante foi o fim das restrições chinesas às terras raras, minerais essenciais para a indústria tecnológica e militar.
Xi Jinping destacou que “é normal que as duas maiores economias do mundo tenham fricções”, mas reforçou que ambos os países “podem prosperar juntos”.
A reunião ocorreu à margem da Cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que começa na sexta-feira (31) em Gyeongju, na Coreia do Sul. Xi participará do evento; Trump, não.
A delegação norte-americana incluiu o secretário de Estado, Marco Rubio, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o embaixador David Perdue.
O clima amistoso entre os líderes sinaliza uma nova fase nas relações EUA–China, após anos de atritos comerciais e diplomáticos.

