O sistema de preferências da Organização Mundial do Comércio (OMC) permite que nações em desenvolvimento tenham algum nível de proteção para suas exportações.
No ano passado, em uma atitude impensada, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) anunciou a retirada do Brasil do sistema – do qual até a China era beneficiária.
Hoje (10/02), os EUA anunciaram uma nova lista, eliminando preferências de vários países. entre os quais o Brasil, Albânia; Argentina; Armênia; Bulgária; China; Colômbia; Costa Rica; Georgia; Hong Kong; Índia; Indonésia; Cazaquistão; República do Quirguistão; Malásia; Moldova; Montenegro; Macedônia do Norte ; Romênia; Cingapura; África do Sul; Coreia do Sul; Tailândia; Ucrânia; e Vietnã.
As medidas de Trump podem significar um endurecimento, com penalidades mais rigorosas, para países que procurem beneficiar suas exportações. Em outros tempos, até crédito do BNDES equivalente as taxas internacionais, foi motivo para medidas retaliatórias da OMC.
A decisão do governo brasileiro, através do Itamaraty, ajudou Trump no tiro contra as exportações.
Segundo a Bloomberg, em julho passado, Trump emitiu um memorando executivo que pediu ao representante comercial dos EUA Robert Lighthizer para determinar se houve “progresso substancial” na limitação do número de países considerados países em desenvolvimento. Os EUA podem agir unilateralmente, se não, disse Trump.
Vários dos países listados no aviso do USTR já concordaram em renunciar a seus direitos de países em desenvolvimento em futuras negociações comerciais, incluindo Brasil, Cingapura e Coréia do Sul.
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Com informações do Jornal GGN editado pela Central de Jornalismo