A União Europeia confirmou oficialmente nesta terça-feira que brasileiros e americanos serão barrados na reabertura das fronteiras externas do bloco, no dia 1° de julho, após mais de três meses fechadas. De início, o processo gradual permitirá apenas a visita de pessoas residentes em um grupo de 14 países que conseguiram controlar a pandemia de Covid-19 em seus territórios. Nas Américas, apenas Uruguai e Canadá foram incluídos no seleto rol.
A China seria o 15º país e seus cidadãos também poderão ter seu ingresso permitido, mas para isso Pequim precisará liberar a entrada de europeus em seu território, já que a reciprocidade é uma das condições exigidas por Bruxelas.
Brasileiros, americanos, russos e indianos — alguns dos maiores visitantes estrangeiros do bloco — continuarão vetados. Isto porque não se englobam nos três critérios traçados pelos europeus: que a tendência de contágios esteja estável ou decrescente; que sejam respeitados critérios internacionais de testagem, vigilância, contenção e rastreio de novos casos; e que o número de casos por 100 mil habitantes seja inferior à média europeia no dia 15 de junho.
Nas duas primeiras semanas deste mês, segundo o “The New York Times”, o bloco teve 16 novos casos por cada 100 mil habitantes, enquanto a estatística brasileira estava em 190 e a americana, em 107. Hoje, os dois países são os mais afetados pela pandemia: têm, respectivamente, 2,5 milhões de casos, com 126 mil mortes, e 1,3 milhão de casos, com 58 mil mortes.