O pesquisador e militante evangélico João Lopes, defensor de pautas progressistas, sofreu agressões de apoiadores de Jair Bolsonaro após discursar na vigília organizada por Flávio Bolsonaro. Lopes, que critica abertamente desigualdades sociais e operações policiais violentas, pediu o microfone durante o ato e afirmou que o ex-presidente merecia a condenação também pelas mortes da pandemia. Antes disso, citou um trecho bíblico sobre quem “cava covas”.
Sua fala gerou reação imediata do grupo presente. Ao terminar, Lopes tentou se afastar, mas foi perseguido, recebeu socos e chutes e teve a camisa rasgada. Ele foi retirado do local pela polícia e levado ao IML, de onde gravou vídeo dizendo estar “bem na medida do possível”.
Nas redes sociais, Lopes já era conhecido por defender a crítica ao capitalismo e denunciar o uso político da fé. Ele também havia viralizado ao chamar o governador Cláudio Castro de “assassino de Cristo” após operação com 122 mortos no Rio.
Após o episódio na vigília, seu perfil no Instagram saltou de 35 mil para mais de 60 mil seguidores em poucas horas.
