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21 de novembro de 2024
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Ex do namorado de Suzane pede guarda das filhas: “Apavorada”

Uma disputa judicial pela guarda de três crianças tem como pivô Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de cadeia pelo assassinato dos pais. A ex-esposa do atual namorado de Suzane sente-se extremamente preocupada com a convivência de suas filhas com a ex-detenta e quer lutar para recuperar a guarda das meninas e afastá-las de Richthofen.

Segundo informações do jornal O Globo, a médica Sílvia Constantino Franco, de 44 anos, entrou na Justiça contra o seu ex-marido, o também médico Felipe Zecchini Muniz, de 40 anos. O profissional de saúde também será pai de um filho de Suzane, que está grávida.

– Não quero as minhas filhas sendo criadas por uma assassina psicopata. [Tenho medo] de as minhas filhas conviverem com a Suzane. Acho que ela tem o direito de recomeçar a vida dela, mas não perto das minhas filhas, estou apavorada. As pessoas me mandam foto do Felipe com a Suzane e fico transtornada – desabafou Sílvia.

O Ministério Público já está analisando o pedido de Sílvia. Na separação, ela havia entrado em um acordo com o marido para que ele ficasse com as crianças, pois ela não se encontrava em condições de manter a guarda. Durante o período de divórcio, a médica teria ficado deprimida e passado a beber em excesso. Segundo o acordo, a médica pagaria uma pensão de R$ 10 mil mensais e veria as filhas uma vez a cada 15 dias.

Atualmente, Sílvia quer provar que já está em condições de ficar com os filhas e argumenta que elas precisam ficar longe de Suzane por segurança. Sua defesa anexou na ação o histórico de Suzane com os laudos assinados pelos psicólogos da ex-detenta. Os documentos apontam que Richthofen não teria se arrependido de ter matado os pais e que ela possui personalidade “narcisista”, “limítrofe”, “egocêntrica”, além de “agressividade camuflada”.

Sílvia também conta desconfiar que Suzane esteja se passando por seus filhas pelo celular e que elas sofrem bullying na escola, sendo chamadas de “enteadas da assassina”.

– Eu estava trocando mensagens com a mais velha, de 13 anos. Ela disse pelo WhatsApp que estava tudo bem. Mas achei estranho porque ela não estava me chamando de mãe e escrevia umas palavras que crianças não costumam escrever. Tentei fazer uma videochamada para confirmar se era ela mesmo que estava escrevendo as mensagens, mas ela recusou. Pedi que me enviasse um áudio e não mandou. Já imaginei que poderia ser Suzane usando o celular dela. Não posso viver assombrada assim. Dois dias depois, minha filha pegou o telefone de uma prima e me ligou dizendo que estava sem celular – narrou Sílvia.

Sílvia e Felipe se conheceram em 2007, no Complexo Hospitalar do Mandaqui, em São Paulo. Os dois tiveram uma relação conturbada, e a médica conta ter chegado a ser agredida verbal e fisicamente por ele.

– Como o Felipe fazia plantões no hospital, ele chegava em casa cansado, morto de sono. Só que a nossa bebê chorava todas as vezes que se apagava a luz. Aí, ele não conseguia dormir. Ele me obrigou a dormir com a nossa filha no sofá da sala. Eu esperava ele acordar para voltar para a nossa cama de casal. Uma noite, eu estava na cama com a bebê, também com sono e sentindo dores na cesariana, e ela caiu. Não se machucou porque era tudo acarpetado, mas ela chorou muito. Ele pegou a criança e correu e eu fui atrás também preocupada. Para me conter, ele me agrediu e jogou no chão – relata.

Sílvia afirma que ao fim do relacionamento estava “angustiada e fraca emocionalmente” e não teve forças para lutar pela guarda das filhas. O cenário mudou após ela tomar conhecimento do relacionamento do ex-marido com Suzane.

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