O ex-vereador de Presidente Figueiredo, Maurício Gomes de Souza, sofreu uma condenação nesta semana pelo envolvimento na morte de um corretor de imóveis em Manaus. O crime aconteceu em julho de 2017, após uma disputa pela posse de um terreno avaliado em milhões de reais, localizado na Avenida Torquato Tapajós, na zona oeste.
Segundo o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), o homicídio teve motivação torpe e ocorreu em uma emboscada planejada. A princípio, os envolvidos atraíram a vítima para o local com o pretexto de uma negociação imobiliária e executada com vários disparos de arma de fogo. O laudo necroscópico confirmou a morte imediata de Antônio Edson.
A Disputa pelo terreno
O terreno disputado no caso pertencia à Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia Pró-Menor Dom Bosco, uma entidade ligada à Igreja Católica. A vítima inicialmente participou das tratativas do terreno, mas após romper contrato com o empresário Imad Alawie, passou a colaborar com os legítimos proprietários. Essa mudança de posição foi vista como motivo para a represália.
Investigação e outros envolvidos
Maurício Gomes de Souza, apontado como intermediário de Imad Alawie, foi responsável por orquestrar o homicídio. Além disso, o processo judicial inclui outros quatro réus, entre eles:
- Rubens Custódio Júnior, condenado por participação de menor importância no homicídio
- Tonny Darco Rodrigues da Silva
- Um policial militar acusado de ser executor do crime.
Todavia, Maurício Gomes de Souza tem histórico de envolvimento em fraudes, como o caso de um golpe de R$ 2,6 milhões na venda fraudulenta de um imóvel em 2019. Durante a investigação, surgiram indícios de conluio com servidores cartorários.