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18 de agosto de 2025
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Excesso de ferro no sangue: saiba o que é a hemocromatose e como diagnosticá-la

O ferro é um mineral essencial para o organismo, porém, seu excesso pode causar sérios danos à saúde.
A hemocromatose é um distúrbio em que o corpo absorve mais ferro do que o necessário dos alimentos. Consequentemente, o acúmulo desse mineral pode levar a complicações em órgãos como fígado, coração, pâncreas e articulações.

A doença pode ser hereditária, causada por mutações genéticas, ou ainda adquirida ao longo da vida. Nesse caso, ela surge devido a fatores como transfusões frequentes, doenças hepáticas ou suplementação excessiva de ferro.

Os sintomas variam bastante e, muitas vezes, demoram anos para se manifestar. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), sinais comuns incluem fraqueza, fadiga, letargia, apatia e perda de peso. Além disso, podem surgir sintomas específicos conforme o órgão afetado. Por exemplo, arritmia (coração), diabetes (pâncreas) ou dor abdominal devido à hepatomegalia (fígado aumentado).

Diagnóstico

O diagnóstico da hemocromatose exige exames laboratoriais específicos que medem os níveis de ferro no sangue.
Segundo Gélida Pessoa, supervisora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, identificar a doença apenas com base nos sintomas pode ser difícil. Por isso, exames de sangue são fundamentais para orientar a investigação médica.

“Esses testes medem os níveis de ferro, ferritina (a proteína que armazena ferro) e transferrina (a que transporta o ferro no sangue)”, explica.

Dois exames importantes são a dosagem de ferritina sérica e a saturação da transferrina. Ambos ajudam a verificar se os níveis dessas proteínas estão dentro dos valores normais.
Caso contrário, quando os índices estão elevados, é necessário investigar a causa da sobrecarga para definir o tratamento adequado.

Nos casos em que há suspeita de hemocromatose hereditária, o médico pode solicitar um painel genético.
“Esse exame analisa múltiplos genes ligados ao metabolismo do ferro. Dessa forma, ele é essencial para confirmar a forma hereditária da doença e orientar o rastreamento familiar”, afirma Gélida.

Quando a doença está mais avançada, exames de imagem, como a ressonância magnética, também são úteis para avaliar o grau de sobrecarga.
“A ressonância é importante para verificar a carga férrica no fígado e no coração. Com isso, é possível planejar melhor o tratamento”, completa.

Prevenção

Embora a hemocromatose hereditária não possa ser evitada, é possível prevenir a forma adquirida.
Para isso, é fundamental evitar o uso de suplementos de ferro sem prescrição médica. Além disso, manter exames periódicos é uma forma eficaz de monitorar os níveis de ferro, especialmente em pessoas com histórico familiar.

A alimentação também desempenha um papel relevante na prevenção.
Portanto, reduzir o consumo de carnes vermelhas e frutos do mar crus pode ajudar a controlar a absorção do mineral.
Da mesma forma, é importante moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, pois elas sobrecarregam o fígado e podem agravar danos hepáticos.

Gélida reforça a importância dos exames regulares.
“Mesmo sendo difícil de diagnosticar nos estágios iniciais, check-ups anuais são fundamentais. Eles ajudam a identificar a hemocromatose e a monitorar outras possíveis alterações de saúde”, finaliza.

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