Na coluna de Igor Gadelha, desta terça-feira (20), no portal Metrópoles, o jornalista revela que, na reunião de ontem (19), no Palácio da Alvorada, o presidente Lula disse que a sua fala, onde compara a morte de palestinos na Faixa de Gaza ao Holocausto, teve um apelo estratégico.
Segundo relatos de ministros e assessores, sua declaração faz parte de uma estratégia de colocar um freio no que considera uma “sanha assassina” de Israel em relação a civis palestinos.
O presidente brasileiro disse ainda acreditar que sua fala deve abrir espaço, nos próximos dias, para chefes de Estado de outros países também condenarem o governo israelense.
Na avaliação de Lula, esse cenário deve ajudar a pressionar o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a aceitar um cessar-fogo com o grupo terrorista palestino Hamas, algo que ele ainda rejeita.
A reunião de Lula começou por volta das 10h30 e terminou às 13h. Participaram do encontro os ministros Paulo Pimenta (Secom), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral).
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também participou da reunião remotamente do Rio de Janeiro, onde o chanceler brasileiro vai passar a semana em reuniões do G20.
O encontro teve ainda a presença do ex-chanceler Celso Amorim, principal assessor especial de Lula para assuntos internacionais no Palácio do Planalto.