O XI Festival Internacional de Tribos do Alto Solimões (Festisol) se consolidou como um dos maiores eventos culturais do interior do Amazonas. Realizado entre 25 e 28 de setembro de 2025, no Centro Cultural Onçódromo, em Tabatinga, o evento atraiu 18.213 visitantes e movimentou R$ 3,5 milhões em receita direta, segundo dados da Amazonastur.
Durante quatro dias de programação intensa, o público acompanhou a disputa cultural entre as agremiações Onça Preta, do povo Ticuna, e Onça Pintada. A campeã desta edição foi a Onça Preta, com o tema “Amazônia Indígena”, que homenageou a ancestralidade e os povos originários da região.
“O Festisol é mais que um evento local. Ele fortalece o turismo cultural e a integração regional, com presença significativa de visitantes da Colômbia, do Peru e dos municípios do Alto Solimões”, destacou o presidente da Amazonastur, Marcel Alexandre.
Turismo em crescimento no Alto Solimões
De acordo com levantamento socioeconômico da Amazonastur, houve um crescimento de 3,55% no número de turistas em comparação com 2024. A maioria dos visitantes era estrangeira: 61,35% da Colômbia (com destaque para Letícia e Bogotá) e 28,5% do Brasil — a maioria oriunda do Amazonas.
Os turistas permaneceram em média 2,9 dias em Tabatinga, com um gasto médio diário de R$ 196,50. A pesquisa mostrou também que 62,5% estavam na cidade pela primeira vez, e 94,85% afirmaram que pretendem voltar em futuras edições.
Identidade cultural e economia local
Além do impacto econômico, o Festisol reforça a identidade indígena e cultural da região, com apresentações artísticas, rituais, exposições de artesanato e manifestações que valorizam a diversidade amazônica. O festival também fortalece o turismo na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do Alto Solimões.