O ator Stênio Garcia voltou a falar sobre sua saída da Globo após 47 anos de trabalho na emissora. Em uma entrevista concedida para a coluna de Fábia Oliveira, do jornal O Dia, Stênio disse que considerava o trabalho sua segunda casa e que ficou “sem chão” após ser demitido.
– Eu fiquei sem chão. Nunca tive problemas com a emissora e considerava a Globo como a minha casa. Na verdade, ainda considero muito a emissora, onde trabalhei bastante. Eu saía de um trabalho e entrava no outro e isso quando não fazia dois ao mesmo tempo – afirmou.
Na conversa, Stênio afirmou que seu salário não era alto, já que seu contrato era pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e disse que ainda está analisando se ingressará com uma ação judicial contra a emissora carioca.
– Sinceramente, eu não sei (se vou processar). Fui demitido no início da pandemia e fiquei perdido. Ainda estou. Tenho que pensar melhor, tenho que conversar com a minha mulher Marilene (Saade) e decidir – declarou.
Perguntado sobre a morte do colega Flávio Migliaccio, que cometeu suicídio no dia 4 de maio por conta de uma depressão, Stênio classificou o companheiro como “um ser humano incrível” e afirmou que ele fez um sacrifício em nome da história.
– Um ser humano incrível e não havia como não gostar dele. O sacrifício dele em nome da história, que abriu mão da própria vida, para se manifestar. Foi triste e um baque para todo mundo que conviveu com ele – completou.