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2 de janeiro de 2025
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Flamenguista espancado por atleticanos em BH diz temer encontrar com suspeitos: ‘pessoas agressivas’

Foto: Divulgação/Itatiaia

O flamenguista Richard Bastani, de 50 anos, revela que não se sente mais seguro em andar pelo próprio bairro após os três homens, suspeitos de agredi-lo em um bar na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, no dia 10 de novembro, serem soltos pela Justiça.

Felipe Messeder Ferreira foi o último a sair da cadeia. Ele teve a prisão preventiva revogada nesta quinta-feira (19) e irá responder a acusação de lesão corporal em liberdade. No dia 28 de novembro, Guilherme Henrique Silva Mascarenhas e Tiago Paim Santos também foram liberados.

“A primeira coisa que vêm a cabeça é tristeza por perceber a impunidade. A agressão que sofri está sendo de certa forma minimizada, desqualificada. Eu sofri uma agressão brutal, é praticamente uma tentativa de homicídio. Quem chuta a cabeça de um cidadão que já está no chão, no meu entendimento, quer realmente eliminar essa pessoa. É um sentimento de tristeza mesmo. Já havia sentido isso quando os outros dois cidadãos foram soltos. Mas, agora a desse rapaz… eu fico muito triste com essa situação”, disse.

Richard contou que mora no mesmo bairro dos agressores e que, com todos em liberdade, não tem mais sossego de andar na rua.

“Eu não tenho segurança de andar naquela região com essas três pessoas soltas. Eu não sei o que pode acontecer se a gente se encontrar. São pessoas extremamente agressivas. Não sei se aprenderam algo com o pouco tempo que ficaram presos, né? Eles vão responder o processo em liberdade, mas para mim fica a sensação de impunidade e o medo de não ter mais a liberdade de andar tranquilo nas ruas do bairro. Lamentável tudo isso”, pontua.
Família quer que suspeitos respondam por tentativa de homicídio

Richard afirma que o homem que chutou a cabeça dele é Felipe Messeder Ferreira. O atleticano agrediu a vítima quando ela já estava caída no chão em decorrência das outras agressões. “Esse rapaz me atingiu violentamente na cabeça com um chute, eu ali indefeso, tentando me levantar de um primeiro golpe”, contou.

Por conta da gravidade das lesões do marido, a esposa de Richard, Veruska Bastani, conta que a família quer que os três homens sejam denunciados pelo Ministério Público por tentativa de homicídio. O boletim de ocorrência foi registrado como lesão corporal.

“Apesar do sentimento de impotência e de injustiça vendo os três agressores do meu marido já soltos, a gente consegue entender que é uma questão legal. A lei assegura que eles tenham direito de responder em liberdade. O que está incomodando mais a gente é a maneira que o Ministério Público está pretendendo oferecer essa denúncia: como lesão corporal e não tentativa de homicídio. Meu marido ficou no CTI e precisou passar por três tomografias para constatar que o traumatismo craniano e o sangramento intracraniano estavam sob controle. Se isso não é uma pessoa que está correndo risco de vida, então o que é correr risco de vida?”, indaga.

Veruska ainda questiona uma outra decisão judicial envolvendo a violência no futebol.

“Aquele torcedor, que jogou um rojão na Arena MRV e feriu gravemente o pé de um fotógrafo, foi indiciado por tentativa de homicídio. Quando ele arremessa um artefato, ele corre o risco de machucar uma outra pessoa e tem que responder pela gravidade desse ato. Mas, quando ele arremessa o foguete, na verdade, ele nem sabe quem vai atingir. O Felipe, quando chutou a cabeça do Richard, sabia que queria atingir meu marido. É uma tentativa de homicídio também. Por que a Justiça funciona com dois pesos e duas medidas? Quero uma resposta do Estado”, afirma.

A esposa de Richard ainda pede para que as pessoas que testemunharam a agressão compareçam a uma delegacia e deem um depoimento sobre o que viram.

“A gente só tem aquela imagem que mostra o Felipe chutando a cabeça do meu marido. Precisamos de testemunhas para falarem quem deu o primeiro golpe. Minha filha contou que foi o Guilherme, mas por ela ser parente da vítima, o advogado disse que o depoimento dela é frágil para a Justiça. Preciso de mais testemunhas que comprovem que o Richard foi agredido primeiro”, diz

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