Segundo a Polícia Civil, a mulher não teve a intenção de atirar. A defesa do advogado baleado criticou a decisão e disse que o delegado que investiga o caso desconsiderou o depoimento das vítimas e das testemunhas
Em entrevista à TV A Crítica, a defesa do advogado Ygor Colares declarou que a decisão da Polícia Civil em descartar a acusação contra Jussana Machado, de tentativa de homicídio, foi corporativismo por parte da instituição.
Josemar Bercot disse que o delegado que investiga o caso descartou o depoimento das vítimas e das testemunhas, além de considerar somente a palavra dos acusados.
“O delegado, ao fixar o crime como lesão corporal, ignora 100% o depoimento da vítima e das testemunhas e adota como verdade absoluta somente o que foi dito pelo Sr. Raimundo e pela Sra. Jussana, e nós lamentamos muito”, afirmou o advogado.
Segundo Bercot, o delegado deveria concluir pelo “dolo eventual: “Ora, uma pessoa aponta a arma, coloca o dedo no gatilho, no mínimo responde pelo risco. A lei fala: ‘assume o risco de causar o resultado’“, reforçou.
A defesa de Ygor aguarda um posicionamento de contestação do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) para que as acusações sejam agravadas.
O crime aconteceu no último dia 18 de agosto e, na ocasião, a mulher havia recebido a arma de seu esposo e policial civil Raimundo Nonato, em um estacionamento de um condomínio localizado no bairro Ponta Negra. Em seguida ela teria apontado e disparado um tiro na perna do advogado.
Mulher que atirou em advogado se livra da acusação de tentativa de homicídio, no bairro Ponta Negra