Vários estados da Índia estão enfrentando escassez de um medicamento usado para tratar o chamado “fungo negro”, uma infecção rara e potencialmente fatal que se torna cada vez mais comum em pacientes com Covid-19, de acordo com autoridades do país.
A infecção, conhecida pelos médicos como mucormicose, foi identificada na Índia ainda antes da pandemia, mas os casos estão crescendo rapidamente em pacientes contaminados pelo novo coronavírus e também naqueles que se recuperaram da Covid-19 recentemente. O fungo negro é causado por fungos encontrados em ambientes úmidos e pode atacar o trato respiratório, principalmente nas pessoas com sistema imunológico comprometido.
Pelo menos 90 pessoas morreram por causa do fungo negro no estado de Maharashtra, onde está o movimentado centro financeiro de Mumbai, que foi muito atingido pela pandemia, explicou o ministro da Saúde do estado, Rajesh Tope. Atualmente, pelo menos 800 pessoas infectadas pelo fungo negro estão hospitalizadas.
Até o momento, cerca de dois mil casos já foram confirmados, dizem as autoridades locais.
“Agora estamos recebendo 100 casos por dia, em média”, disse à CNN o médico Tatyarao Lahane, oficial de saúde de Maharashtra.
O estado de Rajasthan, que também já registrou casos de fungo negro, declarou-o uma epidemia e “uma doença de notificação obrigatória”. Dois outros estados indianos, Haryana e Telangana, também declararam a obrigatoriedade da notificação da doença, que deve ser reportada ao governo central da Índia.
Em Haryana foram confirmados 115 casos, enquanto Telangana já registrou 150 infecções. Casos de fungo negro também foram registrados em Nova Délhi, de acordo com Padma Srivastava, chefe do departamento de neurologia do Instituto Indiano de Ciências Médicas.
“Em cada dia de emergência há uma média de 20 ou mais casos relatados”, disse Srivastava à mídia local nesta quarta-feira (19), afirmando que no
Com informações da CNN