O governador do Acre, Gladson Cameli (PP-AC), será julgado na próxima quarta-feira (15/5), pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Cameli é réu por envolvimento em um milionário esquema de desvios de dinheiro no Acre.
A Procuradoria Geral da União (PGR) acusa o governador por crimes de organização criminosa, corrupção, peculato e fraude em licitação. A PGR quer o afastamento do governador no STJ e ainda denuncia familiares dele, empresários e servidores por recebimento de propina e desvios em obras.
Os ministros da Corte Especial vão aceitar a denúncia contra Cameli, afirmam interlocutores do STJ. O governador, mesmo réu, não deve ser afastado do cargo. O afastamento é considerado pelos ministros uma medida drástica que configuraria condenação antecipada do governador e que os fatos, que motivaram o afastamento, não são amparados em argumentos atuais.
Denúncia Em novembro do ano passado, a PGR denunciou o governador por suspeita de integrar organização criminosa que gerou prejuízo aos cofres públicos na ordem de R$ 11,7 milhões, e solicitou o afastamento dele. Um mês depois, Cameli apelou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar as investigações que basearam a acusação. Os advogados do governador alegaram ao STF que o início das apurações da Operação Ptolomeu, que mira desvios em contratos do governo acreano, violou a competência do STJ como foro para investigar governadores.