A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Humaitá (a 590 quilômetros de Manaus), cumpriu, nesta segunda-feira (10/04), por volta do meio-dia, mandado de prisão preventiva de um indivíduo, de 64 anos, por estupro de vulnerável praticado contra a enteada, de 16 anos. A prisão ocorreu na Aldeia São Jorge, com o apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
De acordo com a delegada Wagna Costa, titular da unidade policial, as investigações apontaram que a vítima sofria os abusos desde os sete anos, e era coagida a manter relações sexuais com o padrasto. O crime ocorria na casa onde eles moravam, sempre no período noturno, quando a mãe dela estava estudando.
“A adolescente relata que sempre contou a sua mãe sobre os abusos que sofria, mas a mulher apenas ficava calada e dizia que ia conversar com o homem, o que nunca ocorria. Tendo em vista isso, a vítima saiu de casa e foi morar na casa de parentes. Após três anos, ela retornou para a residência, ocasião em que o suspeito passou a lhe oferecer dinheiro em troca de relações sexuais”, relatou a delegada.
Ainda conforme a autoridade policial, a adolescente procurou a delegacia e o denunciou. Com base em indícios e materialidade do crime, foi representada à Justiça pela prisão preventiva dele, e a ordem judicial foi decretada na quinta-feira (06/04), pela Comarca de Humaitá.
Investigações
A delegada relatou, ainda, que foi verificado que a irmã da vítima, de 10 anos, que mora na mesma casa, está grávida de 22 semanas. As investigações em torno desse caso seguem em andamento, para averiguar se ela também foi abusada sexualmente pelo investigado e se ele é o pai do filho que ela está gerando.
Procedimentos
O homem responderá por estupro de vulnerável e favorecimento à prostituição contra criança e adolescente e ficará à disposição da Justiça.
A mãe também foi indiciada pelos mesmos crimes, tendo em vista que sabia, mas nada fez para impedir.