Na manhã de hoje (10), a polícia revelou detalhes sobre a captura de Francimar da Silva Braz, 29 anos, conhecido como “Sapinho”, que respondia em liberdade pelo feminicídio de sua namorada, em 2019.
A polícia o deteve ontem (9), por assaltar um mercadinho na comunidade Rio Piorini, bairro Colônia Terra Nova, zona norte, no último dia 21 de março. Além disso, o comparsa de Sapinho, Bruno Henrique Assis Bezerra, conhecido como “Parazinho”, ainda está foragido.
De acordo com o Fernando Damasceno, a dupla ganhou a liberdade há menos de um mês e estava sob monitoramento com tornozeleira eletrônica. Entretanto, eles voltaram a praticar novos crimes e, sob armas de fogo, renderam clientes e funcionários do estabelecimento.
Durante a ação, Francimar ameaçou um adolescente de 17 anos, que estava no caixa do estabelecimento e ficou apavorado. Durante a ação, Sapinho subtraiu R$ 400 da renda do caixa, além de outros pertences das demais vítimas.
Morta com golpe fatal na cabeça
Em fevereiro de 2019, Francimar assassinou sua própria namorada, Eline Monique Melo de Oliveira, de 18 anos. O crime aconteceu dentro do Sun Hotel, na Rua Lima Bacuri, no bairro Centro, na Zona Sul de Manaus.
Segundo a polícia, Francimar fingiu choro para relatar à recepção que Eline Monique cometeu suicídio. O assassino disse que buscaria ajuda, contudo, não retornou mais. Logo em seguida, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local e encontrou a jovem agonizando no quarto 406, localizado no terceiro andar do prédio.
Os médicos identificaram uma rachadura profunda no crânio da jovem. Além disso, os golpes na cabeça da de Eline expuseram muita massa encefálica no piso quarto. Consequentemente, ela não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.
Na época, o casal estava de mudança, mas se hospedou durante três dias no hotel e pagou adiantado R$ 210, da diária que custava R$ 70. Dentro do quarto os policiais da 24ª CICOM encontraram sinais de substâncias ilícitas e diversas embalagens plásticas para guardar entorpecentes. No entanto, ninguém encontrou a arma usada no feminicídio.

Comparsa segue foragido
Bruno Henrique Assis Bezerra, conhecido como “Parazinho”, continua foragido e, de acordo com a polícia, ele cumpre pena de 15 anos por homicídio praticado em 2014.
Segundo o delegado Alessandro Albino, Parazinho tem ligação com a antiga facção FDN e seu crime está inserido no contexto da disputa pelo tráfico de drogas.
Além disso, Bruno teve envolvimento no massacre do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em 2016. Naquela circunstância, Parazinho confessou participação em abrir túneis para fuga de presos do regime fechado.