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20 de setembro de 2025
CidadeDestaques

Homem vende carro para comprar oxigênio e salvar família infectada

Um morador de Manaus que tem quatro pessoas da família infectadas com o coronavírus precisou vender o próprio carro para pagar por um cilindro de oxigênio.

O homem, que prefere não se identificar, conta que todos da família estão em casa, mesmo em estado crítico, porque não há vagas em hospitais.

De acordo com o ouvinte, a esposa, três filhos, uma nora e um genro, que está com 75% do pulmão comprometido, estão infectados.

Na última quinta-feira (14), ele precisou comprar oxigênio em uma empresa privada de Manaus. Ele gastou R$ 400 de oxigênio, mas o gás já deve acabar em breve.

“Eu só consegui comprar o gás e a bombinha porque vendi meu veículo, mas eu estou tendo dificuldade de comprar remédios já porque não dá para achar. A minha filha está sendo consultada, mas em uma consulta particular agora. Gastei mais de mil reais só de exame de sangue, mas eu sou grato a Deus por ter dinheiro para arcar com os custos. Tem gente morrendo na rua”, lamenta o ouvinte.

 

Cenário se repete por Manaus

Os cilindros de oxigênio que chegam aos hospitais de Manaus são carregados por familiares dos pacientes internados com Covid-19. Na capital amazonense, a realidade é o desespero.

Dentro das unidades, a situação é crítica.

Pacientes internados nos hospitais de Manaus começaram a ser transferidos para outros estados em aeronaves da Força Aérea Brasileira. Um meio de tentar desafogar o sistema de saúde. O Amazonas não tem oxigênio suficiente para tratar os mais de 220 mil infectados pela doença.

O Governo de São Paulo anunciou que vai disponibilizar leitos e assistência médica para bebês prematuros e gestantes internados em Manaus e que correm o risco de ficar sem oxigênio. A Justiça Federal do Amazonas determinou que a União e o governo do Amazonas apresentem um plano para abastecer a rede de saúde do estado com oxigênio em 24 horas.

Mais de 3.800 novos casos foram registrados no Amazonas em 24h. Um novo recorde desde o início da pandemia. Um hospital de campanha, com 103 leitos, montado para reforçar o atendimento aos infectados, deveria ter começado a funcionar ontem, mas não foi aberto devido à falta de oxigênio no estado.

Na última quinta, a polícia apreendeu um caminhão com 33 cilindros de oxigênio, sob a suspeita de que eles estariam sendo escondidos para depois serem vendidos a preços mais altos. No entanto, a dona dos cilindros comprovou que foi um mal-entendido, e que na verdade vendia o insumo a preços mais baixos e guardava os cilindros para evitar saques em sua loja.

 

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