Com o compromisso de atender a população amazonense durante a pandemia da Covid-19, causada pelo novo coronavírus, o hospital de campanha municipal Gilberto Novaes, na zona Norte, inaugurou mais 13 leitos nesta quinta-feira, 21/5, passando a contar agora com 156 vagas de internação, sendo 39 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). As obras da unidade hospitalar – administrada pela Prefeitura de Manaus, em parceria com o grupo Samel e o instituto Transire – seguem em ritmo acelerado.
Em funcionamento desde o dia 13/4, o hospital de campanha já concedeu altas médicas a mais de 270 pacientes. O coordenador do hospital e diretor do grupo Samel, Ricardo Nicolau, pontua que, embora os índices de recuperação sejam altos, é necessário estar sempre preparado nesta guerra contra a Covid-19.
“Chegamos hoje a 156 leitos e continuamos trabalhando para ativar novas vagas nos próximos dias. À medida que são concluídas as obras de transformação de salas de aula em enfermarias e que chegam as camas e os equipamentos médicos, os leitos entram em funcionamento automaticamente. Estamos com 39 dias em operação, com mais de 270 pacientes que retornaram para suas casas, curados da Covid-19. É um número muito importante para nós, porque este é o nosso grande objetivo: salvar vidas”, destacou Nicolau.
Tratamento não invasivo
Montado para desafogar o sistema tradicional de saúde, o hospital de campanha municipal Gilberto Novaes foi instalado em uma estrutura de um Centro Integrado Municipal de Educação (Cime) da prefeitura, com mais de seis mil metros quadrados, que estava prestes a ser inaugurado no bairro Lago Azul, zona Norte.
Todos os espaços de internação contam com a cápsula “Vanessa”, desenvolvida por médicos e fisioterapeutas do grupo Samel, em conjunto com profissionais do instituto Transire. A tecnologia foi batizada em homenagem à primeira paciente internada com o novo coronavírus na rede Samel, que precisou receber entubação orotraqueal, procedimento invasivo que agora pode ser evitado com a cápsula.
A cápsula “Vanessa” foi desenvolvida para permitir a ventilação não invasiva de pacientes e, consequentemente, diminuir os riscos de contaminação dos profissionais de saúde. O modelo funciona como um envoltório para ventilação não invasiva e é produzido em uma armação leve e resistente formada por canos de PVC, podendo ser manuseado e higienizado facilmente.
É revestido por uma película de vinil transparente, para uma melhor visualização do paciente e para auxiliar na contenção do contágio. Além disso, é equipada com um exaustor e um compressor de ar tipo BiPAP – abreviação de BI-level Positive Airway Pressure (pressão positiva em vias aéreas a dois níveis) – e com um filtro tipo HMED, para controle da temperatura e umidade do oxigênio e ação antibacteriana e antiviral.
O filtro produz uma pressão negativa no interior da cápsula, impedindo a liberação de aerossóis e a contaminação do ar. O acesso ao paciente é feito por meio de janelas com aberturas com zíper, permitindo monitorar, alimentar e medicar sem a necessidade do contato direto do paciente com os profissionais de saúde.