O Ministério da Saúde anunciou hoje (7) a ampliação da vacinação contra o papilomavirus humano quadrivalente (HPV4) para homens de até 45 anos com imunossupressão. A ampliação de faixa etária segue recomendações de sociedades científicas. Isso significa que, a partir de agora, homens de até 45 anos transplantados, pacientes oncológicos ou vivendo com HIV/Aids podem se vacinar. O esquema tradicional de três doses continuará sendo usado, independente da idade.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a estimativa é que haja entre 9 a 10 milhões de infectados por esse vírus no Brasil e que a cada ano surjam 700 mil novos casos da infecção no país. O risco de desenvolvimento de cânceres associados ao HPV é cerca de quatro vezes maior entre pessoas vivendo com HIV/Aids e transplantados, do que na população sem a doença ou transplante.
A imunossupressão crônica é um dos principais fatores de risco para aquisição e persistência do HPV, esclareceu o ministério, por meio da assessoria de imprensa. É também importante fator de risco para a progressão de lesões pré-cancerosas e neoplasias, especialmente em pessoas vivendo com HIV/Aids, transplantados de células-tronco hematopoéticas e órgãos sólidos e indivíduos em tratamento para câncer (rádio e/ou quimioterapia).
A vacina HPV quadrivalente previne os cânceres relacionados aos HPV 16 e 18; cânceres de colo do útero, de vulva e vagina; o câncer peniano e cânceres de orofaringe e anal em homens e mulheres, além das verrugas genitais nos dois sexos relacionadas ao HPV 6 e 11. Podem se vacinar contra o HPV meninas de 9 a 14 anos; meninos de 11 a 14 anos; e homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos.