Na última sexta-feira (23), Adalgiza Maria Dourado, idosa condenada pelos atos do 8 de janeiro de 2023, sofreu uma crise de pânico e tentou tirar a própria vida durante o trajeto até uma consulta psiquiátrica. Segundo a equipe que cuida de sua defesa, ela tem histórico de depressão e pensamentos suicidas. Portanto, seus advogados obtiveram autorização para o atendimento com um psiquiatra particular.
Após sair da entidade onde cumpre prisão domiciliar em Recanto das Emas (DF), Adalgiza seguiu de ônibus até o local da consulta, na Asa Norte. No entanto, durante o trajeto, ela entrou em estado de pânico e tentou se suicidar diversas vezes. Felizmente, passageiros presentes no transporte a socorreram e impediram o pior.
Ao chegar ao destino, ela recebeu acolhimento de sua irmã, Célia Regina, que imediatamente acionou o advogado Dr. Luiz Felipe, buscando ajuda para acalmá-la. Assim, esse episódio demonstra o impacto psicológico devastador das condenações impostas aos presos políticos relacionados aos eventos de 8 de janeiro.
De fato, a equipe de defesa afirma que homens, mulheres, idosos e outros cidadãos vêm sofrendo distúrbios emocionais graves. Além disso, há relatos de consequências que podem marcar essas pessoas para o resto da vida. Já são seis ou sete mortes ligadas direta ou indiretamente a essas prisões, incluindo o caso amplamente conhecido de Clezão.
Portanto, é urgente a aprovação de uma anistia ampla, geral e irrestrita, para que esses indivíduos possam recuperar sua dignidade, saúde mental e o direito à paz.